Depois da saída de 44 taxistas do Aeroporto Internacional Antônio João, no domingo (1), o presidente do Sintaxi (Sindicato dos Taxistas de Mato Grosso do Sul), Bernardo Quartin, disse que fez o que pode, porém não houve consenso dos motoristas.
Os taxistas tiveram de sair do local, após deixar de participar da licitação Infraero (Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária). Por isso, ficaram sem o ponto, sendo realocados pela prefeitura na Avenida Duque de Caxias.
Alguns deles não gostaram nada da mudança e fizeram uma série de reclamações como falta de estrutura, diminuição dos lucros, chegando a culpar o sindicato.
O presidente do Sintaxi, Bernardo Quartin afirmou ao TopMídiaNews que, realmente, o sindicato era administrativamente responsável pelo recolhimento dos valores para permanência dos taxistas no aeroporto, em contrato assinado anterior a sua gestão.
Porém, sem comentar possíveis falhas nos repasses de pagamentos à Infraero, ele afirma que não houve acordo entre o grupo. “Após a vigência, o contrato foi denunciado e alguns taxistas não quiseram e não entraram num acordo para buscar a renovação do contrato. O sindicato foi solícito, mas tem obrigação com quem tem obrigação com ele como toda instituição”.
Sobre a perda do processo de licitação, ele diz que, infelizmente, ante o cenário econômico e, após consultas com os próprios trabalhadores, não houve interesse na participação. Ele afirma que os taxistas foram avisados sobre a possibilidade de saírem do ponto no aeroporto caso outra empresa ganhasse.
Com a perda da licitação, a empresa Rodar Serviços de Táxi e Transportes Personalizados fará os serviços no local. A prefeitura, que é responsável pela realocação e designação de pontos dos taxistas, fez a destinação deles para a avenida Duque de Caxias.
O Sintaxi alega que os taxistas não ficaram sem infraestrutura, já que podem continuar utilizando o espaço do aeroporto e que poderão continuar trabalhando de maneira adaptada. Para o presidente, foi uma falha coletiva.
“Há registros sobre as propostas de renovação e participação na licitação, mas muitos deles não aceitaram. O taxista tem que reaprender a trabalhar e vida que segue, a prefeitura fez o papel dela, o sindicato fez também”, diz o presidente do Sintaxi.
Em Campo Grande, existem aproximadamente 800 taxistas trabalhando.