Relato em rede social demonstra o desespero de uma mãe com a filha de 26 semanas, desidratada e com febre, que não conseguiu tomar soro na Upa (Unidade de Pronto Atendimento) Vila Almeida, em Campo Grande. O motivo: falta de material para garantir o acesso à veia da bebê prematura.
“[...] Isso é um absurdo revoltante, minha filha está mal, não tem vaga na Santa Casa, aqui têm várias crianças esperando vaga, ar-condicionado quebrado, um calor ‘dos infernos’ e eles não fazem nada”, reclamou a mãe na postagem.
O equipamento em questão é o abocath 24, o menor tamanho do acessório que se utiliza para realizar punções venosas. Evita que o paciente seja picado várias vezes e em diferentes zonas, já que é um tubo que fica ligado à veia.
A reportagem entrou em contato com a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), que admitiu o déficit. “O material está em falta e o processo de compra está em análise de amostra. Esse trâmite fracassou por três vezes pelo fato das empresas participantes não atenderem as especificações técnicas o que, consequentemente, torna a compra mais morosa”, afirmou, em nota.
A dificuldade é maior, segundo a assessoria de imprensa da pasta, pois é um material de pouco uso, de menor necessidade. Contudo, frisou que a criança foi atendida seguindo os protocolos e recebeu atenção de toda equipe médica e de enfermagem.
Ainda, afirma que foi solicitada transferência da bebê prematura a unidade hospitalar e ela foi encaminhada, no mesmo dia, para a Santa Casa. A reportagem também tentou conversar com a autora do relato, mas não conseguiu resposta até a publicação desta matéria.
* Matéria editada às 13h22 para acréscimo de informações