O titular da Sesau (Secretária Municipal de Saúde Pública) da Capital, Marcelo Vilela, afirmou que continua buscando diálogo com a Santa Casa e pretende prorrogar o contrato com o hospital por 30 dias, seguidos de uma renovação por mais 30, antes de discutir as cláusulas de um novo acordo.
"A Sesau continua conversando com a Santa Casa sobre as questões de regulação de pacientes para o hospital. Optamos pela prorrogação do contrato que existe atualmente, referente ao repasse de R$ 20 milhões. Vamos prolongar esse convênio por 30 dias e, depois, prorrogar novamente por mais 30 dias. Somente em julho que começam a ser discutidas novas cláusulas de um novo contrato. Essa medida é para evitar que o contrato seja encerrado e a Santa Casa fique sem esse recurso ", diz Vilela.
De acordo com o secretário, o contrato foi encaminhado ontem (9) para o hospital, e caso a Santa Casa aprove, a prefeitura terá um prazo de 48 horas para liberar o recurso. "O contrato foi encaminhado ontem para o presidente Esacheu Nascimento, se não houver nenhum tipo de discussão, a prefeitura tem 48 horas para liberar o recurso. O contrato não mudou".
Como a prefeitura alegou que não tem condições de atender o pedido de reajuste de R$ 3,5 milhões, ambos acordaram que o número de pacientes da área azul e verde seria reduzido. "Fizemos um acordo na semana passada, a qual a prefeitura se comprometeu, por meio da regulação, reduzir o número de pacientes classificados como azul ou verde. Como a prefeitura não tem dinheiro para repassar o reajuste, ficou acertado que só serão encaminhados aqueles que forem atendidos pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) ou Bombeiros".
Além disso, o secretário destaca que a Santa Casa solicitou, em contrapartida, o encaminhamento de uma equipe para ajudar na regulação de pacientes do município. "A Santa Casa pediu para a prefeitura uma equipe da Sesau para ajudar na regulação deles. Tem paciente que vai direto para a Santa Casa, ao invés de procurar uma unidade de saúde. Chamamos esses pacientes, de paciente espontâneo. A Santa Casa não pode recusar o paciente que chega no local em busca de atendimento e solicita uma equipe para ajudar nessa parte de regulação, para que a própria Sesau se responsabilize pelo paciente".
Diante disso, Marcelo Vilela afirma que a pasta analisa a possibilidade de realizar uma campanha de conscientização na tentativa de fazer com que os pacientes parem de procurar diretamente o hospital e busquem ajuda, primeiramente, em uma unidade de saúde do município.