A Justiça Eleitoral rejeitou o registro de candidatura do Promotor Harfouche, do Avante, a prefeito de Campo Grande. A decisão foi publicada nesta segunda-feira (26), pelo juiz Roberto Ferreira Filho.
Assim que se candidatou, partidos questionaram o registro da candidatura, alegando que, pela lei eleitoral, Harfouche apenas se licenciou do cargo de Procurador de Justiça no Ministério Público Estadual e não se desligou da carreira, como é exigido. Ele, inclusive, continua a receber salários do MPE-MS.
O magistrado destacou que, embora Harfouche tenha sido candidato nas eleições de 2018, toda nova candidatura requer nova análise. Além disso, destacou que naquela ocasião, a candidatura dele também foi questionada, mas não teve decisão julgada em razão de não ter sido eleito.
Roberto Filho também ressaltou que a decisão nada tem a ver com as preferências ou ideologias políticas do candidato e sim foi tomada levando em consideração uma análise técnica. O candidato tem o direito de seguir com a campanha eleitoral enquanto recorre da decisão.
Suspeição
Assim que Harfouche soube que o pedido de impugnação de sua candidatura seria julgado pelo juiz Roberto Ferreira Filho, ele recorreu ao Tribunal Regional Eleitoral e pediu a suspeição do magistrado. O candidato alegou à Corte que Roberto é seu desafeto profissional e pessoal. Após alguns dias, o TRE-MS negou o pedido de suspeição e determinou que Roberto julgasse a análise da candidatura de Harfouche.