A empreiteira responsável pelo projeto começou nesta terça-feira (01) a instalação do conjunto semafórico com oito unidades na rotatória das avenidas Mato Grosso e Nelly Martins, bem como o sistema de irrigação do ajardinamento projetado para a rotatória.
A Secretaria de Infraestrutura e Serviços Públicos planeja executar nesta semana o recapeamento do trecho da Mato Grosso, onde houve redução do canteiro central e da própria rotatória, entre as ruas Antonio Teodorowick e Ingazeiro. Só então será feita toda a sinalização para delimitar as pistas, além das faixas de pedestre.
O trabalho de instalação dos semáforos, inclusive os controladores de tempo, deve ser concluído até o próximo dia 10, seis dias antes da inauguração das obras de reordenamento viário.
Segundo o diretor-geral da Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran), Janine Bruno, este conjunto semafórico da rotatória e mais os semáforos do entorno funcionarão de forma sincronizada para garantir maior fluidez ao trânsito na região, que inclui dois cruzamentos da Rua Antônio Maria Coelho (com Rua Ingazeiro e Avenida Nelly Martins) e da Avenida Mato Grosso com Rua Antonio Teodorowick, acesso à região do Bairro Carandá.
O tempo de funcionamento do verde e do vermelho será regulado conforme o fluxo pela manhã (maior em direção ao Parque dos Poderes) e a tarde (do Parque dos Poderes para o centro da cidade). “Mesmo ainda sem o projeto estar concluído, só a abertura de uma pista no acesso e dentro da rotatória, já melhorou de forma significativa o trânsito nos horários de pico”, avalia o diretor da Agetran.
A expectativa dos técnicos é de que com os semáforos funcionando e feita a sinalização , os motoristas passem a usar a terceira pista, na qual eles ainda relutam em trafegar. O reordenamento também vai permitir que os pedestres tenham uma travessia mais segura.
Projeto destravado
O reordenamento do trânsito na rotatória da Mato Grosso/Nelly Martins é um projeto de 2014 que a atual gestão destravou. Há mais de uma década o local, por onde circulam em média 30 mil veículos diariamente, registra congestionamento no início e final do expediente.
“É uma solução para os próximos 15 a 20 anos, a um custo muito menor se comparado, por exemplo, a construção de um viaduto ou de um mergulhão, soluções de engenharia mais caras e com maior dano urbanístico”, argumenta o diretor da Agetran, Janine de Lima Bruno. Em convênio com o Detran/MS estão sendo investidos R$ 1.623.015,50.
Basicamente, o projeto consiste na instalação de um conjunto de semáforos para regular o fluxo do trânsito na rotatória, que perdeu dois metros de circunferência e passou a ter duas faixas adicionais de rolamento. Esta alteração permite que, ao invés de um, três veículos trafeguem de forma simultânea.
Antes, embora houvesse espaço suficiente para dois carros passarem, via de regra, só um acabava circulando de cada vez. O resultado eram os congestionamentos diários, sobretudo, nos horários de pico, especialmente pela manhã e ao final da tarde, coincidindo com o início e o término do expediente nas repartições públicas instaladas no Parque dos Poderes.
Além de diminuir o tamanho da rotatória, houve redução de dois metros de canteiro central (de cada lado) da Mato Grosso (numa extensão de 300 metros na direção do Parque dos Poderes e 80 de metros no sentido centro/bairro). Com isto, nestes trechos a avenida vai ganhar duas pistas adicionais, ficando três para o trânsito de veículos e uma quarta para o transporte coletivo.
Os técnicos da Agetran explicam que antes, onde há ponto de ônibus, o trânsito ficava afunilado em duas pistas. Agora, três fileiras de carro podem entrar de uma vez na rotatória.
Os semáforos terão diferentes ajustes de tempo do verde e do vermelho, dependendo do horário e do dia da semana. Pela manhã, por exemplo, quando é maior o fluxo de pessoas que vão iniciar o expediente, o verde vai demorar mais na pista Centro/Parque dos Poderes. Ao final da tarde, quando as pessoas estão voltando para casa, usando a outra pista, a situação se inverte. No restante do dia e aos finais de semana os tempos ficam iguais.
Outras intervenções
Além da redução do tamanho do canteiro central da Mato Grosso e da rotatória, foram feitas algumas intervenções pontuais para criar uma alternativa de acesso à região do Bairro Carandá, com abertura da Rua Antônio Teodorowick . Esta rua liga a Antônio Maria Coelho a Pedro Martins e daí chega a Vitório Zeolla.
Com a proibição de conversão à esquerda, para quem sobe a Mato Grosso, em direção ao Carandá, a melhor alternativa para não aumentar o trajeto até o retorno é ir pela Antônio Maria Coelho (onde haverá duas pistas centro/bairro e uma terceira, bairro/centro) e daí seguir pela Antônio Teodorowick.