"A situação é muito desconfortável". É com essas palavras que o secretário de Saúde, Geraldo Resende, nesta quarta-feira (3), coloca Campo Grande como a grande preocupação das autoridades por conta da alta taxa de ocupação nos leitos destinados para tratamento da covid-19.
O secretário pôs a capital sul-mato-grossense como prioridade para tentar diminuir a ocupação nos leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva). Segundo Resende, a cidade está "chegando no limite máximo" e pede medidas mais restritivas.
"A nossa preocupação é com Campo Grande. A cidade já está chegando no limite máximo da taxa de ocupação de leitos e é preciso ter medidas restritivas que leve ao isolamento social", declarou o titular da SES (Secretaria de Estado de Saúde), no Aeroporto Internacional de Campo Grande, onde acompanhou o desembarque de 27,8 mil doses da CoronaVac.
Geraldo ainda explicou que não existe previsão para aumento dos leitos de UTI na cidade e que há uma força-tarefa para que nenhum leito seja fechado.
"Infelizmente não temos perspectiva de aumento de leitos em Campo Grande e estamos trabalhando para a manutenção dos leitos de UTI já existentes, que não feche nenhum, mas a situação é muito desconfortável".
O secretário detalhou que existe um pedido para a Prefeitura de Campo Grande para que disponibilize servidores para atender no Hospital Regional, referência no enfrentamento da covid, para que não exista sobrecarga e desativação dos leitos.
"Nós estamos pedindo a contrapartida colocar servidores do município para que nós não possamos ter desativo nenhum leito no Hospital Regional". Ainda assim, Geraldo deixou um apelo. "O grande apelo que eu faço é para medidas restritivas para que leve a diminuição da mobilidade social muito intensa na Capital".
Taxa de ocupação
De acordo com o portal Mais Saúde, o início da quarta-feira (3) registrou um aumento na ocupação dos leitos de UTI que são destinados para pacientes no tratamento contra a covid em Mato Grosso do Sul.
A atualização feita às 9h da manhã identificou que 91,33% dos leitos estão ocupados, sobrecarregando o sistema de saúde contra a pandemia.
Os leitos clínicos para tratamento apresentou uma ligeira queda e marca 44,72% de ocupação.