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Sem liderança clara, motoboys de apps preparam 'greve' e ato no Horto Florestal

Paralisação é por ganhos melhores e está marcada para quarta-feira

Motoboys que atuam em aplicativos de entrega de refeições preparam, na próxima quarta-feira (1º), paralisação para cobrar aumento nos ganhos. Em Campo Grande, grupos no Facebook e WhatsApp que reúnem esses profissionais prometem aderir ao protesto. 

O ato, organizado em âmbito nacional, tem até nome: o ‘’Breque dos Apps’’. Na internet é possível acompanhar vários vídeos que convocam os motoboys a participarem dos atos. Em Campo Grande, o ponto de encontro, segundo os grupos, será o Horto Florestal, às 10h. 

Fernando Sá, 25 anos, é uma das lideranças do ato na Cidade Morena. Ele diz não ter vínculo com sindicato e que retransmite nas redes sociais as instruções que recebe de motoboys em outros estados, sobretudo São Paulo, e destaca que a paralisação tem vários motivos.

''Conscientizar a sociedade, os restaurantes e os demais usuários da importância cada vez maior do nosso serviço. Ao mesmo tempo, pressionar as empresas de aplicativos para aumentar a taxas e garantir renda digna pelo nosso trabalho, pagar um mínimo para se colocar à disposição dos aplicativos'', repassou Fernando nas redes sociais. 

Os profissionais da área também pedem que as empresas não bloqueiem entregadores sem motivo justificado. 

Protesto

Ele e demais participantes se programaram para adesivar as bags (mochilas) e sair do Horto Florestal às 10h. Depois, promovendo um buzinaço, acessar a Afonso Pena e em seguida a Rua 13 de Maio. O protesto segue ainda pela 15 de Novembro, 14 de Julho, Dom Aquino, Calógeras e Afonso Pena. O ponto de concentração depois do trajeto é a Praça do Rádio Clube. 

União

No entanto, dois profissionais ouvidos pelo TopMídiaNews disseram que a categoria é muito desunida e, por isso, várias outras investidas contra os aplicativos ''reuniram quatro ou cinco motoboys''. 

''...não tem união na nossa classe, mas dessa vez eu tô achando que vai [reunir muitos profissionais]'', disse um dos trabalhadores na área. 

Fernando concorda com as críticas sobre a falta de união, mas garante que montou um evento no Facebook com 1.800 contatos, sendo que mais de 500 confirmaram presença. 

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