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Campo Grande

há 6 anos

Sem justiça, família precisa conviver com assassinos de Wesner no mesmo bairro

Os criminosos residem no mesmo bairro que a família da vítima

Como se não bastasse os assassinos do Adolescente Wesner Moreira da Silva estarem soltos, a família do adolescente ainda precisa conviver com os criminosos no mesmo bairro, já que eles residem próximos à casa da vítima.

“Eles moram muito perto da minha casa, mas já tem um certo tempo que não vejo os dois. Não sei se eles se mudaram, mas a família deles ainda reside aqui e, querendo ou não, a gente sempre se esbarra”, disse o irmão da vítima, Luciano Gonçalves da Silva, 22 anos.

Quando interrogado se as famílias dos assassinos tentaram se aproximar para fornecer algum tipo de ajuda, Luciano disse que nunca apareceram para nada. “Nunca vieram perguntar se precisamos de algo. A vida de um ser humano parece que não tem valor, pois eles fizeram tudo aquilo e estão livres’’, lamentou Luciano.

Willian Henrique Larrea e Thiago Giovani Demarco são acusados de matarem Wesner aos 17 anos, ao introduzir uma mangueira de compressor de ar no ânus do rapaz, em fevereiro do ano passado.

Um ano e meio após o crime, Willian e Thiago não estão presos e ainda não existe previsão para o julgamento da dupla. Nesta semana, a Justiça determinou que os acusados terão que pagar uma pensão à família de Wesner no valor de R$ 636. No entanto, o irmão da vítima lamenta receber o dinheiro quando, na verdade, gostaria é de ver os assassinos atrás das grades.

“Não ligamos para dinheiro, pois sempre trabalhamos e vivemos de forma digna. O que a gente quer mesmo é que eles (Willian e Thiago) sejam presos. Parece que a vida do meu irmão nada vale, já que eles cometeram o crime e, mesmo assim, continuam soltos, livres”, destacou.

O crime

No dia 3 de fevereiro de 2017, Thiago Giovanni Demarco Sena, 20 anos, dono do lava-jato, e o funcionário Willian Henrique Larrea, 31 anos, seguraram Wesner e enfiaram a mangueira de um compressor no ânus da vítima. O fato causou ferimentos graves no adolescente, que chegou a ficar uma semana internado em um hospital, mas não resistiu às complicações do ferimento e morreu.

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