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Campo Grande

há 2 meses

Filhas entram na Justiça para conseguir fraldas e remédio contra Parkinson para idosa de 99 anos

Após a descoberta de um câncer, filha precisou deixar a faxina e agora falta dinheiro para comprar fraldas e remédios

Há cinco anos usando fraldas geriátricas, as três filhas da dona H. N. A. 99 anos, buscam na justiça apoio para o município passar a fornecer fraldas para a idosa, em Campo Grande (MS). Há dois meses, a família ainda luta com a falta de medicamento para Parkinson, na rede pública. 

Desde 2021, Eva Nadir Neves de Abreu Fuzii, 63 anos, deixou as faxinas e precisou dividir com as irmãs os cuidados com a mãe idosa, após a descoberta de um câncer no rim direito.

A filha que cuidava da compra das fraldas não conseguiu mais trabalhar e a compra dos produtos de higiene para a mãe precisaram ser divididos entre as irmãs.

Aposentada por idade assim como a mãe, a filha reclama que entrou com pedido na defensoria para a idosa passar a pegar fraldas pela rede pública. "Enquanto eu trabalhava e fazia as faxinas, conseguia comprar as fraldas, mas agora nós recebemos apenas aposentadoria, são muitos gastos, só de remédio em falta na rede pública dá mais de R$ 700, sem contar os gastos das fraldas, mesmo nos juntando, fica muito apertado a compra", explica a filha que também possui gastos por conta do câncer.

Segundo Eva, há dois meses a mãe não pega remédios para Parkinson, pois estão em falta na rede pública, e o pedido de fraldas pela defensoria ainda não teve retorno. "Já passamos por situação parecida, meu irmão precisava de um remédio, entramos na defensoria e só conseguimos depois que ele faleceu, não quero passar isso com minha mãe", desabafa.

A indignação da filha é a falta de remédios importantes na rede pública, assim como o direito da mãe idosa receber fraldas pelo CEM (Centro Especializado Municipal).

"Ela teve recente uma infecção urinária, não tinha antibiótico, há dois meses sem remédio para Parkinson, ela foi contribuinte do INSS por anos, e não tem direito a fralda porque não tem LOAS e quem tem LOAS que nunca contribuiu, tem o benefício das fraldas pelo município. Do que adianta pagar a vida inteira e chegar na velhice não ter direitos", reclama.

Com medo de perder a mãe, Eva conta que em 99 anos a mãe foi guerreira e sempre preservada. "A gente chora porque queria dar tudo que ela precisa, sem precisar passar por essa situação, mas a gente tem direito, não podem esperar morrer para dar apoio", comenta.

Enquanto a família aguarda retorno da defensoria sobre o caso das fraldas, a reportagem entrou em contato com a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) a respeito da medicação. Em nota a secretaria explica que possui um contrato para aquisição do medicamento em aberto, aguardando apenas a entrega do fornecedor para que o abastecimento seja completamente restabelecido.

"De toda forma, a Secretaria Municipal de Saúde reforça que este é um dos medicamentos fornecidos através do sistema de copagamento do "Programa Farmácia Popular do Brasil", que fornece até 90% de desconto nas medicações que estão disponíveis nessa modalidade, desta forma, a Sesau orienta à família da paciente, também, a buscar uma das unidades farmacêuticas credenciadas no programa para fazer a aquisição da medicação, uma vez que só é necessário a apresentação de documento com foto do paciente, receita vigente e - caso seja um parente que vá comprar a medicação - serão cobrados também documentos pessoais e que comprovem a familiaridade com o titular da receita", diz a nota.

*Matéria alterada às 14h35 de 21 de junho para acréscimo do retorno da Sesau

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