O administrador C. E. G. A. 31 anos, deve ser julgado em fevereiro deste ano por golpe de R$ 1,8 milhão contra o ex-deputado e comunicador Maurício Picarelli. O caso ocorreu em 2016 em Campo Grande.
Conforme processo judicial, C. E. G. A. se apresentou para Picarrelli como pessoa de sucesso. Ele convenceu o então apresentador de TV a investir em operações de crédito em ouro, que ficaram conhecidas como ‘’AU Metal’’ e prometia lucro extraordinário à vítima.
Sendo assim, diz Picarelli no processo que moveu contra C. E. G. A. que se desfez de uma casa avaliada em R$ 1,8 milhão na Capital. Depois entregou quatro cheques para o suspeito: um de R$ 5,5 mil; R$ 23.229,11; R$ 25.194,24 e R$ 1,3 milhão, nenhum deles assinado, somente até que a venda do imóvel fosse concretizada. Sendo assim os cheques não seriam descontados.
Em 2018 o apresentador de Campo Grande cobrou os valores na Justiça. Picarelli disse que não entrou antes com o processo porque recebeu ligações intimidadoras e pelo réu ser pessoa influente e cercado de seguranças armados. C. E. G. A. foi preso em 2017 na Operação Ouro de Ofir, da Polícia Federal, acusado de esquema de pirâmide financeira com milhares de vítimas no País.
A denúncia foi aceita em junho de 2021. Foram várias as tentativas de localizar C. E. G. A. para que ele fosse citado e apresentasse defesa em dez dias. Na defesa prévia, os advogados negaram que o cliente tenha cometido qualquer crime e que sequer havia testemunhas. Também foi dito que era Picarelli quem devia para C. E. G. A. e estava fazendo denunciação caluniosa.
A defesa de C. E. G. A. entrou com pedido de trancamento da ação ao Superior Tribunal de Justiça, entre outras questões pela ausência de justa causa para a ação. No entanto, o relator ministro Jesuíno Rissato, desembargador convocado do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios negou o pedido.
Os advogados do acusado recorreram à Corte Especial do STJ, que também negou o trancamento da ação. Passado esse procedimento, a Justiça marcou audiência de instrução e julgamento para a tarde do dia 29 de fevereiro deste ano.
Tentamos contato com a defesa do réu, mas os dois telefones disponíveis não atenderam. O espaço está aberto para manifestação, assim como aos advogados do ex-deputado.
* Matéria editada às 7h13 de 26/9/24 para remoção de um dos nomes dos envolvidos, conforme decisão judicial que o inocentou dos crimes descritos.