Revoltada ao ver o filho de três anos chegar do Ceinf reclamando de fome, uma leitora do TopMídiaNews, que preferiu não se identificar por medo de represálias, denunciou a diretora do Ceinf Lafayete Camara de Oliveira, no bairro Santa Carmélia, em Campo Grande. Segundo a denúncia, a diretora teria proibido as cozinheiras de preparar a janta dos alunos na semana passada, deixando as crianças por quatro horas sem comer.
De acordo com a mãe, o local alimenta as crianças com almoço às 10h30, depois às 13h30 dá lanche e às 15h30 servem as crianças com a janta, o que não aconteceu no dia 29 de junho. Como era dia de evento no Ceinf, a diretora ordenou que a janta não fosse preparada para que a escola conseguisse vender doces e salgados durante o evento.
Como algumas crianças não tinham dinheiro para comprar, voltaram para casa de barriga vazia. “Eu estou revoltada com essa atitude da diretora. Ela não deixou que a janta fosse preparada para conseguir vender salgados e doces, isso é um absurdo. Meu filho chegou em casa reclamando de fome porque ele tinha se alimentado pela última vez quando elas serviram o lanche, às 13h30. Isso não existe, não critico a venda, mas elas tinham que dar as refeições normalmente para os alunos”.
Questionada sobre procurar a direção do local para tirar satisfação, a leitora afirmou que não foi até o local falar com a diretora por medo de causar revolta na mesma, que poderia descontar a raiva em seu filho. “Eu não quero me identificar e não fui falar com ela porque meu filho estuda lá. Elas podem descontar no meu filho, mas isso não existe. Contei para meus familiares e todos acharam um absurdo isso”.
Outro lado
Conforme a assessoria de imprensa da prefeitura, "a direção do Ceinf confirmou à Semed que no dia 29 de junho houve um evento cultural na escola. Muitos pais que foram ao Ceinf prestigiar a exposição optaram por levar os filhos para casa antes das 17 horas. Dessa forma, a direção optou em servir aos alunos um lanche em vez do jantar. A direção ressalta que nenhum aluno foi para casa sem se alimentar". Porém, nada fala sobre o fato dos alimentos serem vendidos e não distribuídos.