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Campo Grande

27/01/2019 18:10

Região de fronteira, MS deve receber refugiados? Assunto é polêmico para população

Por ter fronteira seca com dois países, Paraguai e Bolívia, Mato Grosso do Sul está mais suscetível a absorver as mudanças políticas dos vizinhos

Refugiar na definição da palavra significa retirar-se para um lugar que haja segurança, proteção, ou seja, podemos entender como fugir de guerras ou possíveis perseguições, seja pela sua raça, crença, nacionalidade, nicho social ou pensamentos políticos. E o número de pessoas nesta condição aumenta a cada ano no Brasil, principalmente na região Norte, mas com migração até para Mato Grosso do Sul.

A situação ficou mais evidente com a chegada dos venezuelanos, que estão sendo acomodados em Boa Vista (RO) e outras capitais, inclusive Campo Grande. Por ter fronteira seca com dois países, Paraguai e Bolívia, Mato Grosso do Sul também está mais suscetível a absorver as mudanças políticas dos vizinhos sul-americanos.

Sempre atento a todos os assuntos, a equipe do TopMídiaNews foi às ruas da Capital ouvir das pessoas o que pensam da situação dos refugiados: acham certo restringir a entrada em Mato Grosso do Sul? Devemos defender apenas os nossos? Ou olhar para a pessoa e pensar de forma humanitária e ajudar o próximo?

Para a vendedora Kátia Cibele Pinho, de 39 anos, temos que olhar a questão social, pensar de uma forma ajudar quem precisa, independente de quem seja, pois, segundo ela, aos olhos de Deus, todos somos irmãos.

“Precisamos ajuda-los, são seres humanos assim como nós, sofrem muito e se estão fugindo é porque algo não está bom. Imagina como é sofrido? Principalmente para nossos pequenos”, reforça ao lembrar das crianças.

Mas, não é todo mundo que pensa assim. Para Marcelo de Abreu, de 25 anos, os recursos do Estado não são tantos assim, para ir recebendo sem nenhum controle.

"Qualquer país tem de ter leis severas se migração. Sem elas, entra qualquer um no país. Acho correto sim restringir a entrada de estrangeiros no MS. Acho que ninguém quer receber para morar em sua casa uma pessoa que não trabalha ou estuda. Ou simplesmente entra na sua casa e fica forma ilegal. Quer entrar no país, estado, cidade? Que passe pelo crivo do estado, com suas normas e leis", diz. 

Ele reforça ainda que é preciso ajuda, no entanto, de maneira consciente. "Acredito que temos de arrumar a nossa casa primeiro, para depois conceder asilo a refugiados, pois se não temos recursos nem para o povo sul-mato-grossense, quem dirá para estrangeiros", finaliza. 

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