O Diretório do PT em Campo Grande reafirmou, em reunião na tarde desta segunda-feira (19), o nome de Camila Jara como candidata à prefeita da Capital. Qualquer outra possibilidade, segundo a executiva, deve ser buscada no Diretório Nacional do Partido.
A reflexão vem do presidente municipal da legenda, Agamenon do Prado. Ele observou que a escolha da deputada se deu em outubro de 2023, a partir de determinação interna do PT. Na ocasião foi decidido que a sigla manteria a tradição de candidatura própria e o nome seria da jovem militante.
Questionado sobre a propositura de Vander Loubet e Zeca do PT, de tentar chapa com nomes de outros partidos, como Rose Modesto (União Brasil) por exemplo, o dirigente municipal foi enfático ao dizer que, no MS, não há mais espaço para discutir outra possibilidade.
''Esses prazos já foram expirados no MS... então cabe agora, por parte do Zeca e do Vander, se eles estão contrariados, têm agora que recorrer à direção nacional do PT'', concluiu Agamenon.
Racha
Loubet, que junto com o deputado estadual Zeca do PT, comanda corrente interna do partido chamada ''Resistência Socialista'', reconhece que Camila Jara foi o nome definido pelo partido ainda em 2023.
''Camila Jara é um grande quadro, uma grande revelação do PT e que nos orgulha muito'', refletiu Loubet.
No entanto, o petista disse que a decisão sobre candidatura própria ou não é definida em convenção partidária. Ele não vê motivos para o rebuliço causado com a notícia e que uma possível aliança deve ser avaliada e rejeitada ou aceita pela legenda.
Loubet revela que, nesse cenário, há um debate interno em razão da estratégia para o projeto de reeleição de Lula.
''... é importante a gente ampliar, sair um pouco da nossa bolha do PT'', sugeriu Vander. Sobre Modesto, Ele diz que para acontecer uma chapa, primeiro a ex-vice-governadora do MS precisa procurar o partido e oficializar a intenção.
''... é preciso que ela assuma a defesa do governo Lula... não é difícil, porque ela tem cargo no governo'', explicou o parlamentar. Também citou que Modesto precisa discutir programa de governo que contemple bandeiras do PT como Educação, inclusão social e agricultura familiar.
Loubet torce para que, até a data da convenção, o partido tem de estar aberto para avaliar composições.
''... o PT não pode fazer que nem avestruz, botar a cabeça no buraco e não discutir essas propostas com a militância. É isso que eu defendo'', justificou.