A prefeitura de Campo Grande será investigada por suposto calote na previdência dos servidores municipais durante a administração anterior. O inquérito civil, colocado em sigilo, será conduzido pelo promotor Henrique Franco Cândia, da 31ª Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e Social.
Segundo a denúncia realizada pelo Ministério Público Estadual, através da 30ª Promotoria, os ex-gestores teriam realizado o uso indevido do dinheiro, que é descontado dos funcionários, e não depositaram os valores na conta do IMPCG (Instituto Municipal de Previdência de Campo Grande). As informações foram publicadas no diário oficial desta sexta-feira (16).
A denúncia não cita nomes, mas investigações de suposto déficit de R$ 100 milhões nos cofres do IMPCG estouraram ainda durante a administração de Alcides Bernal (PP). Na época, o deputado estadual Coronel David (PSC) chegou a declarar que o déficit ameaçava pagamentos a pensionistas do município, que dependem do recurso.
O atual secretário municipal de Planejamento, Controle e Finanças, Pedro Pedrossian Neto, informou também que o instituto trabalha com um déficit mensal de R$ 8 milhões, sendo que o rombo nos cofres públicos pode alcançar a marca de R$ 28 milhões ao mês. Com isso, medidas amargas estão previstas, como aumento da contribuição dos trabalhadores.