Gargamel, produtor de eventos responsável pela festa “Motors Show 67”, localizada no Porto Seco, área de responsabilidade da Prefeitura de Campo Grande, negou a venda de bebidas alcoólicas e o envolvimento de menores de idade no evento. Imagens divulgadas pelas próprias redes sociais ligadas ao evento mostram crianças pilotando motos.
“Estão sendo veiculadas notícias falsas”, afirma o produtor, em vídeo publicado em rede social. Em referência direta à matéria do TopMídiaNews (clique aqui para ler), Gargamel afirma ser proibida a venda de bebida no evento.
O produtor também ressalta que a festa faz ‘ações sociais’, e tira o conhecido ‘randandandan’ das ruas de Campo Grande, levando para um local isolado.
Indo para a quinta edição, a festa denominada “Motors Show 67" está prevista para acontecer no próximo domingo (9).
Entretanto, o que chama atenção, é o evento ocorrer em área pública, onde em vídeos publicados pela própria organização da festa, crianças foram gravadas pilotando motocicletas pelas ruas do local.
Sobre os documentos necessários para a realização do evento, e a permissão para o uso da área pública, Gargamel nada fala.
O MOVIMENTO
No local os participantes do evento, que pagam R$ 10 pela entrada, ficam livres para fazerem manobras perigosas com suas motocicletas, infringindo as leis de trânsito.
Na página do evento no Instagram, os organizadores afirmam que será montada uma estrutura digna de festa grande, contando com tendas, banheiros químicos, segurança particular, limpeza, além de duas ambulâncias para prestar atendimento médico àqueles que necessitarem.
Dentre os vídeos publicados pela organização no perfil, estão homens fazendo acrobacias com as motos que, mesmo sendo uma área não residencial, ocorre em local de poder da Administração Pública.
Luiz Eduardo Costa, o Dudu da Semadur (Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano), responsável por fiscalizar esse tipo de infração, em conjunto com a Agetran, não deu nenhum parecer quanto à validade da festa ocorrer em local público.
Com um custo de R$ 30 milhões, o Porto Seco se tornou um verdadeiro “elefante branco” de Campo Grande, pois não é utilizado para aquilo que foi construído: ser um terminal intermodal de cargas.
A reportagem entrou em contato com os responsáveis pela festa e com a prefeitura, mas não teve retorno de nenhuma das partes até a publicação desta matéria.