Após denúncias de assédio sexual e perseguição envolvendo subcomandante da Guarda Civil de Campo Grande, Valmir Ferreira da Silva, amigo da prefeita Adriane Lopes (Patriota), interferências dentro da instituição e no Paço Municipalm teria ocorrido para acabar com o processo.
Da Silva, como é conhecido, disse em diversos áudios, que não “vai cair” por ser ligado a chefe do Executivo. Ele está convicto de que o processo de investigação de assédio sexual será arquivado e inclusive teria tido a garantia da corregedora Paula Barreto, e de pessoas ligadas diretamente a prefeita Adriane Lopes.
Ele cita em um dos áudios que a corregedora Paula Barreto já teria “resolvido” o problema e declarado que “olhou o processo” e deu a garantia de que não existe nada.
“A corregedora ligou para minha esposa e disse que o processo não tem nada do que tá dizendo na matéria (clique aqui para ver). Não sei qual intenção do secretário [Valério Azambuja] e daquele Érick [assessor de imprensa] desgraçado que mandou essa matéria para ser publicada”.
Ele continua a conversa dizendo que iria se safar do processo de investigação, e repete que a corregedora Paula Barreto fez a confirmação por ligação.
“Pelo menos eu fiquei feliz com o posicionamento da Paula Barreto, de ligar para a minha esposa e dizer que eu não tenho nada a ver com essa história, e nem os outros denunciados, não tem denúncia de assédio. Graças a Deus, mesmo com o monte de coisa errada que ela já fez, ela teve o discernimento de falar com a minha esposa e dizer: ‘fica tranquila, acalma o coração da senhora, porque ele não fez nada disso’”.
Intromissão da Prefeitura
Coincidentemente, a assessoria Jurídica da prefeitura cobrou cópia do PAD (Processo Administrativo) do subcomandante a Corregedoria da GCM. Segundo fonte ouvida pelo TopMídiaNews, a situação caracteriza tráfico de influência, já que pela lei 13.022, do Estatuto Geral das Guardas Municipais do Brasil, a corregedoria da GCM é independente e não cabe intromissão em seus trabalhos, seja da Guarda ou da Procuradoria Geral do Município.
“A assessoria Jurídica da prefeitura cobrou cópia do PAD do subcomandante, uma prova de tráfico de influência. Isso dá até impeachment, pois não o executivo não pode se intrometer em investigação disciplinar de Corregedoria Independente”, disse o denunciante, que prefere não se identificar por medo de represálias.
Ele cita ainda que os áudios encaminhados por Valmir são graves que categorizam perseguição, já que ele pede o nome das pessoas que estão comentando sobre sua investigação e indica que a gestão não pode ferir a lei 13.022.
“Pode categorizar injúria, calúnia, difamação, tráfico de influência e ameaça. Estes são os crimes, já as infrações administrativas seriam insubordinação hierárquica, falta de lealdade com a administração, ética e conduta escandalosa.”
O que diz a prefeitura?
O caso foi encaminhado a assessoria de imprensa da prefeitura e solicitado nota retorno. Se houver resposta será inserida no texto.