O Procon-MS realizou reunião nesta segunda-feira (31) com o Ministério Público Estadual, (Sinpetro/MS) Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo e Lubrificantes MS) e com representante de distribuidora de combustível para tratar sobre diferença no preço praticado pelas distribuidoras de Combustíveis para postos da Capital e do interior do Estado.
O superintendente do Procon/MS, Marcelo Salomão, classificou como positiva a reunião. “Estamos buscando a equalização do preço do litro do combustível no Estado. Queremos o fim da diferença do preço de venda para postos da capital e do Interior”, disse.
A reunião contou com a participação do superintendente do Procon/MS, Marcelo Salomão, o Coordenador do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça do Consumidor (CAOCon), Procurador de Justiça Aroldo José de Lima e com o coordenador executivo do Procon de Costa Rica e vice-presidente da Associação dos Procons de Mato Grosso do Sul, Walder de Freitas, e com o diretor executivo do Sinpetro/MS, Edson Lazarotto, e do gerente regional de vendas da Vibra Energia, Pablo Chacon.
O vice-presidente da Associação dos Procons de Mato Grosso do Sul, Walder de Freitas, explicou que a reunião ocorreu após perceberem a diferenciação no valor praticado pelas distribuidoras. “As distribuidoras vendem o litro da gasolina aos postos da Capital a R$ 6,09 e aos Postos do Interior a R$ 6,60, mesmo se fornecerem o frete. Com isso faz o preço médio do litro da gasolina no interior ser de R$ 7,54”, completou.
Durante a reunião, o gerente regional de vendas da Vibra Energia (anteriormente BR Distribuidora), Pablo Chacon explicou que o preço de venda da distribuidora para os postos depende de diversos fatores, variando de posto a posto. Na reunião ficou definido que a empresa irá dar uma devolutiva em dez dias sobre o fim da diferença de valores para municípios do interior.
Marcelo Salomão ainda pontuou que o Procon/MS sempre atuou na fiscalização no preço dos combustíveis, com objetivo de garantir ao consumidor um valor justo. “O Procon/MS nunca se furtou de debater o custo dos combustíveis com as partes envolvidas. Nesse momento de aumento nos valores queremos sanar qualquer ponto em relação a composição do valor final do combustível”, disse.
* Após publicação da reportagem, a Vibra enviou a seguinte nota de esclarecimento:
Nota de esclarecimento:
A Vibra esclarece que, diferentemente do foi divulgado pelo Procon-MS, não é de sua capacidade e competência definir preços de combustíveis. A empresa foi convidada a participar de reunião organizada pela Superintendência para Orientação e Defesa do Consumidor (Procon-MS), na última segunda-feira, dia 31, para esclarecer e informar como é sua forma de atuação, estrutura logística, relação com a revenda e margens do setor de distribuição. Ficou claro na conversa que a Vibra estava ali para contribuir com a discussão. Não há como atribuir à Vibra a regulação de mercado ou definição de preços praticados nos postos do estado de Mato Grosso do Sul.
A Vibra destaca que preza pelas melhores práticas comerciais em seus negócios e que a composição do preço do combustível sofre influência de diversos fatores, como o local do posto de combustíveis, a modalidade de transporte para a entrega e a concorrência na região, entre outros. A margem de uma distribuidora na cadeia de comercialização da gasolina, que vai da refinaria até a bomba, é apenas 4%, a menor entre todas as que incidem sobre o custo ao consumidor. A margem não representa apenas lucro, mas também o custo de uma série de investimentos realizados em logística, controle de qualidade, marketing e serviços agregados. A empresa ressalta também que a precificação é livre nos diversos mercados e que cada revendedor tem níveis de formação de custo dos produtos e de competitividade diferentes, levando a uma diferenciação nos preços praticados nas bombas em todo Brasil.
Nesta imagem da Petrobras, vocês podem ver os percentuais de cada ator na formação do preço dos combustíveis: