Cada vez mais aquecida entre as pautas do governo federal, a possibilidade de privatização dos Correios parece não chegar à crítica do cidadão comum. Ao menos em Campo Grande, a maioria das pessoas ouvidas pelo TopMídiaNews sequer sabia sobre o assunto.
As justificativas do plano do presidente Jair Bolsonaro (PSL) são os sequentes anos em que a empresa estatal fechou balanços com prejuízos aos cofres públicos. Segundo o presidente, a pauta deve ser prioridade após as votações da Reforma da Previdência.
O aposentado Carlindo Feitosa, 83 anos, diz que até já ouviu sobre o assunto no telejornal, mas não sabe o que a medida significa. "Já usei bastante os Correios, é bem antigo, né? Mas acho que sou neutro sobre o assunto, não sabia que era um problema no país", diz.
O especialista em logística Jhonny de Farias, 34 anos, tem amigos que trabalham na estatal em Campo Grande e teme que eles percam o emprego. "Se é bom pra economia e qualidade do serviço, tem que estudar mesmo, eu já tive problemas com demora em entregas... Mas é bom pra economia tanta gente desempregada, que se preparou e passou em concurso? Não sei, acho que é trocar problema", reflete.
Em maio de 2019, o Plano de Desligamento Voluntário (PDV) foi criado para reduzir o quadro de funcionários em mais de sete mil servidores, mas desde 2013 desligamentos nesse formato acontecem e não houve mais concurso público. acontecido desde 2013, sem abertura de novos concursos. Conforme levantamento do G1, quase 300 agências foram fechadas no país entre 2017 e 2018.
O administrador Alcy Pereira, 34 anos, também acha que o maior prejudicado é o trabalhador. "Porque ia ter que fazer tudo de novo, acho. Mas não sei, não demonstram pra gente como ficaria melhor. Se for pra ser igual hospital particular comparado ao SUS, aí pode ser bom", diz.