Policiais civis e rodoviários federais que atuam em Mato Grosso do Sul protestaram contra medidas do Governo Federal, na tarde desta quarta-feira (17), em Campo Grande. Eles pedem que sejam incluídos como prioritários na vacinação e são contra o congelamento salarial das categorias até 2036.
Conforme Tony Messias, diretor do Sindicato dos Policiais Civis de MS, a categoria vem sofrendo discriminação por parte do governo desde a reforma da previdência.
‘’Agora teve a PEC Emergencial [que congela salários de servidores públicos] e a próxima é a reforma administrativa onde seremos discriminados’’, lamentou o sindicalista.
Messias acrescentou que, embora os policiais estejam mais expostos a contrair a covid-19, não foram colocados como prioritários, algo que considera falta de respeito da atual gestão.
Ainda segundo Tony, acompanhado por um grupo de 15 agentes da PCMS, essa manifestação é apenas um sinal para cobrar mais respeito do governo. Ele não descarta uma paralisação dos trabalhos como forma de pressionar as autoridades.
PRFs
Vanderlei Alves, que é diretor do Sindicato dos Policiais Rodoviários Federais de MS, explicou que esses manifestos são organizados nacionalmente, por meio da União dos Policiais do Brasil.
Alves criticou a forma como a PEC 186, conhecida como PEC Emergencial, tramitou no Congresso.
‘’O Governo fez uma chantagem ao vincular a PEC com o auxílio emergencial. Não somos contra o auxílio emergencial, o problema é que ficaremos com os salários congelados até 2036’’, justificou o protesto.
Sobre as vacinas, ele também fez críticas por conta dos agentes não serem prioritários e lamentou que até a massa carcerária vai ser imunizada antes dos policiais.