Muitas pessoas foram surpreendidas ao pegar um pacote de feijão durante as compras realizadas em Campo Grande. O preço da mercadoria deu um ‘salto’ e muitos deixaram de adquirir o produto nos últimos dias. De acordo com o gerente comercial de uma Rede de Supermercado da Avenida Manoel da Costa Lima, Leandro da Silva, 36 anos, a queda na safra fez com que o preço do feijão chegasse a R$ 9,50.
“Essa queda na safra faz o preço aumentar, as pessoas já estão acostumadas com isso. O preço muda lá na distribuidora, mas agora a tendência é baixar o preço. A população sabe desse período de queda na safra, que faz o produto aumentar. Como vem do Nordeste, não podemos segurar muito o produto, tem que ir baixando o preço para não perder a mercadoria, porque ele vai ficando preto e estraga se ficar muito tempo estocado”, explica Leandro.
Dono de um restaurante, Marcelo Vinicius Guitierrez, 46 anos, demonstra indignação com a alta do feijão e destaca que não pode repassar o valor que paga no produto para os clientes. “Se eu repassar o valor que estamos pagando, eu perco o cliente, que vai preferir levar comida de casa ao invés de comer no restaurante. É um absurdo, tudo está subindo, cebola, alho, pimentão, os produtos mais procurados estão subindo muito, é complicado. Onde vamos parar?”, questiona Marcelo.
Já a aposentada Célia Oliveira, 70 anos, afirma que está acostumada com o período de queda na safra e sempre tem dois pacotes de feijão estocados em casa. “Eu sempre gosto de deixar dois pacotes a mais, porque é um produto que caruncha, não pode ficar muito tempo guardado. Mas essa época de queda na safra acontece todo ano, é normal ficar muito caro. Depois ele vai sendo ajustado e volta ao preço normal”.
Aristides Bento, 68 anos, também destaca que tem conhecimento da época de queda e aproveita as promoções que encontra nos supermercados. “Eu deixo alguns pacotes em casa quando encontro barato e não passo aperto quando está caro. Em casa temos costume de aproveitar promoção e não somos surpreendidos na hora de fazer a compra do mês”.
De acordo com Leandro da Silva, os preços já começaram a cair e, dentro de 15 dias, tudo deve ser normalizado. “Já caiu o preço, está descendo, acredito que mais duas semanas já volte ao normal”, finaliza o gerente.