A Polícia Civil identificou rapidamente o suspeito de ter ateado fogo que deu origem a devastação na área de vegetação do Parque dos Poderes, que começou na noite desta quinta-feira (19) e se estendeu pela madrugada de hoje. O autor seria um idoso de 81 anos.
Conforme detalhes passados, nesta sexta (20), pelo delegado Wilton Vilas Boas de Paula, titular da 3ª Delegacia de Polícia Civil de Campo Grande, o autor só foi identificado com a ajuda de câmeras de segurança de casas no entorno dos terrenos e das proximidades, que deram informações sobre as características físicas do homem.
O suspeito, inclusive, foi encaminhado para a delegacia, onde prestou depoimento, mas foi liberado prontamente, mas será indiciado pelo crime de incêndio.
Vilas Boas acrescentou na coletiva o suspeito não estava mais em situação de flagrante e em grande parte da conversa, ele negou que tenha cometido o ato. Contudo, as câmeras que a polícia obtiveram na investigação, mostrou que ele foi a única pessoa a passar próximo às vegetações e terrenos quando o incêndio havia começado.
"Na primeira imagem ele só passa pelo local, já na segunda imagem que nós conseguimos obter, ele simplesmente passa pela rua, abaixa e não sei se é isqueiro ou fósforo, acende o fogo na vegetação que é na calçada e sai andamento normalmente", disse.
O delegado explicou o motivo que levou a polícia procurar o suspeito e incriminá-lo pelo incidente que devastou boa parte da área de vegetação do Parque dos Poderes. "Ele foi a única pessoa que passou pelo local e porque ateou fogo próximo no mesmo horário e nas proximidades. Então tudo leva a crer que seria ele", afirmou o delegado.
Ainda nas suas argumentações, Wilton Vilas Boas relatou que o idoso considerado autor desse incêndio que destruiu grande parte da vegetação, "não é normal".
"Eu não sou perito para falar sobre laudo médico, psiquiátrico, mas conversando com ele, a gente vê, percebe que não é normal". O delegado alegou que o suspeito mora no bairro Estrela Dalva e sozinho, mas que será indiciado e interrogado pelo crime cometido.
O fogo devastou de 6 a 8 hectares segundo o delegado, e conforme mais detalhes explicados na coletiva, não é a primeira vez que o suspeito praticou esse tipo de conduta na cidade. Testemunhas alegaram que em outras ocasiões, o idoso estava envolvido, o que leva a Polícia Civil a continuar com as investigações contra o homem.