Cléber de Souza Carvalho ficou gripado e por isso não conseguiu depor em audiência de instrução, na tarde desta terça-feira (9), no processo que investiga a morte do idoso Timótio Pontes Roman, na Vila Planalto, em maio do ano passado.
O juiz Aluízio Pereira dos Santos entendeu que, por conta da gripe, Cléber não conseguia ser ouvido e, somado ao fato da audiência ser virtual, achou prudente adiar o depoimento dele para o dia 16 de março deste ano.
Na mesma sessão, na sala de audiências da 2ª Vara do Tribunal do Júri, o Ministério Público desistiu de ouvir duas testemunhas. No entanto, os advogados de Cléber têm interesse em ouvir a pessoa e se comprometeu a apresentar o telefone e o endereço dela.
A primeira audiência do caso, que chocou a cidade, ocorreu em 26 de outubro do ano passado.
O crime
Segundo denúncia do MPE, Cléber emprestou dinheiro para a vítima, no ano de 2017. No final de abril de 2020, os dois se encontraram, ocasião que Timótio prometeu pagar a dívida e ainda contratou os serviços de Cleber como pedreiro.
No dia do crime, dia 2 de maio de 2020, Cleber chegou por volta de 7h à casa da vítima, na rua Júpiter, na Vila Planalto, para fazer uma obra. No local, o idoso disse que não conseguiria honrar o débito, mas que iria pagar pelo serviço feito na casa dele.
Ainda segundo a promotoria, Cléber ficou irado com a situação e, ao ver Timótio de costas, pegou o cabo de uma picareta e acertou a cabeça dele. Mesmo com a vítima caída, o assassino deu outro golpe no idoso e em seguida arrastou o corpo até um poço, no fundo da residência.
A acusação diz que Cleber prestava serviços em uma chácara perto da UCDB e depois do assassinato, ofereceu a casa de Timótio para o caseiro, dizendo ser dele e permitindo que este ficasse por lá por vários meses, gratuitamente, até que ele conseguisse vender o imóvel.
O processo é por homicídio qualificado por motivo fútil e recurso que impossibilitou a defesa da vítima. Cléber é investigado e réu por outros seis crimes, cometidos de maneira semelhante.