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Campo Grande

13/11/2022 18:03

Passageiro é expulso de carro ao pedir para motorista trocar de rádio em Campo Grande (vídeo)

Pesquisador da UFMS não queria ouvir propaganda a favor de Jair Bolsonaro

O ator e pesquisador da UFMS, Thiago Moura, foi expulso de uma corrida de aplicativo e largado às margens da BR-163, em Campo Grande. Ele detalhou que pediu para o motorista troca a emissora de rádio, que passava uma propaganda a favor de Jair Bolsonaro, do PL. 

Conforme relatado nas redes sociais e no site UOL, Moura, que também é professor, saía da UFMS, na noite de sábado (11), em direção a outra escola e pediu uma corrida de aplicativo. 

Thiago detalhou que não falou mal nem de Lula nem de Bolsonaro, nem mesmo disse que concordava ou não com a programação, somente pediu para mudar a estação. 

Passageiro exige que motorista troque de emissora de rádio

Professor foi deixado em rodovia após pedir para mudar emissora de rádio. (Foto: Reprodução Instagram)

Ainda segundo o UOL, parte da conversa foi gravada pelo ator, por meio de um celular. Na gravação, o motorista do app disse que o Thiago não tinha o direito de fazer tal pedido. 

"O senhor não é o meu patrão, o senhor tem que entender isso. Eu estou ouvindo a rádio porque gosto de ouvir a notícia", diz o motorista no vídeo. Em seguida, disse que iria largar o passageiro em um ‘’local seguro’’ e que ninguém nunca havia reclamado da rádio. 

Ao ouvir que seria deixado na pista, o passageiro rebateu: "Você não tem preparo nenhum, vai me deixar na rodovia? E se eu for assaltado?", questionou. O passageiro contou que se abrigou em uma empresa que estava prestes a fechar e acionou outro veículo de aplicativo. 

"É um episódio de intolerância política o motorista do aplicativo não querer ter dentro do carro dele alguém que não esteja disposto a ouvir propagandas favoráveis ao Bolsonaro’’, refletiu o pesquisador da UFMS. 

Em outro trecho da reclamação, Thiago diz que o motorista estava exaltado e que, se não tivesse ligado a câmera para gravar, poderia ser agredido. 

O UOL questionou a plataforma de app, mas não teve retorno sobre quais medidas a empresa iria tomar contra o condutor. 

 

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