No centro de Campo Grande é comum ver ambulantes e camelôs em busca do pão de cada dia, mas na época de chuvas, qual a alternativa para quem depende e tem essa forma de trabalho com única opção? A renda é suficiente? Qual a alternativa?
Para Cleonice Pires, 42 anos, que trabalha com vendas de churros há 12 anos, o jeito é encarar a chuva, pois a necessidade é maior.
“Agora dá uma melhorada, época de final de ano. Quando chove eu coloco um guarda-sol para proteger um pouco quando é fraca, né? Agora quando chove muito e vem com vento, eu corro para me esconder. Se parar a chuva, volto para trabalhar, se não vou pra casa”, comenta ela.
Isaque Barbosa, 52 anos, mais conhecido como Pipoqueiro Barbosa, trabalha de forma autônoma há 19 anos. Ele ressalta que a renda que tira ali dá para viver bem com a esposa e a filha, e ainda paga o INSS para garantir um futuro seguro para ambos.
Rosângela da Silva Leão, 47 anos, é esposa de Isaque e auxilia nas vendas há 3 anos. Ela conta que, devido a remoção do ponto da 14, o movimento deu uma oscilada, e que agora nessa época de chuva é complicado trabalhar.
“Aqui é nossa única fonte de renda, quando chove é extremamente complicado, não tem proteção. No feriado, devido a chuva, ficamos em casa, não tem alternativa. Às vezes para não gastar combustível e se tiver muito armado o tempo nem compensa vir para não ter prejuízo”, comenta a comerciante.
Enquanto nossa equipe estava no local deu para perceber que o movimento é bom. Em 15 minutos, mais de três clientes apareceram e todos com pedido de mais de um saquinho de pipoca. Uma das clientes ressaltou que tem muita gente que vende o mesmo produto, mas que a do casal é a melhor.
Isaque ressalta que um dos motivos de estar a tanto tempo em um local é o bom produto para assim fidelizar a clientela.