O analista de sistemas Allyson Clayton da Silva, 30 anos, teve que se virar nos 30 após ter o contrato de trabalho encerrado durante a pandemia da Covid-19, em 2020. Até então, ele fazia uma renda extra usando o tempo livre para confeccionar tambores personalizados, mas teve que transformar o hobby na profissão principal.
Allyson já trabalhou em uma camiseteria da família e, com a chegada do pequeno Murilo, criou uma oficina no fundo de casa onde hoje cria produtos personalizados.
“Eu tinha um contrato anual como designer gráfico, sempre que chegava a hora de renovar, dava aquele medo. Eu comecei a fazer os tambores no meu tempo livre, gostei muito e, no ano de 2020, meu contrato foi encerrado. Recebi a notícia que ia ser pai e quis aprimorar e melhorar a qualidade do meu trabalho. No início, eu trabalhava com ferramentas que meus amigos e familiares emprestavam”, diz Allyson.
As primeiras vendas foram feitas para amigos e, agora, Allyson tem clientes até no interior do Mato Grosso do Sul.
“Um cliente vai indicando para o outro e hoje essa é a renda principal da minha família. Venho desenvolvendo vários produtos, sempre com tambores, faço pia, com cuba de inox, com torneira, tudo pronto, até Puff para sentar com tema de carro, bebida, logo de empresa, com pé emborrachado, com rodinhas embaixo, qualquer projeto que me apresentem, eu consigo fazer”, conta o vendedor.
E é com o fusca todo decorado e bem cuidado, que Allyson arrisca a fazer algumas entregas pela cidade.
“Eu tenho um rapaz que faz entrega, mas às vezes eu também faço e coloco tudo no fusca. Hoje vendemos pela internet, 100% online. Minha esposa, a Juliana, que me ajuda, costumo falar que sem ela eu não venderia nada, somos uma empresa de dois funcionários, tem o Murilo também. Eu desenvolvo as artes, ela faz a parte de comunicação, atendendo os clientes e gerando conteúdo nas redes. Já vendemos para São Gabriel, Rio Verde, Corumbá, Porto Murtinho e Aquidauana”, conta orgulhoso o microempreendedor.