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Campo Grande

11/08/2019 07:00

Pai de verdade: rapaz descobre má formação do filho e se dedica a ajudar Miguel desde a gestação

Jordan perdeu o emprego por ter que acompanhar a esposa no médico

Descobrir a má formação de um bebê ainda na barriga da mãe é uma notícia difícil para muitas famílias e, na maioria dos casos, os pais acabam abandonando a gestante com medo do futuro. Mas o auxiliar de almoxarifado Jordan Lucas Duarte dos Santos Miranda de Mendonça, 24 anos, não faz parte dessa lista de homens assustados, que costumam fugir dos problemas impostos pela vida.

Enquanto a esposa, Daiane Recalde, 37 anos, ouvia do médico a grande possibilidade de se tornar uma mãe sem o apoio do pai, Jordan se preparava para abraçar a causa e lutar pelo pequeno Miguel, que chegaria ao mundo com muito amor e carinho.

De acordo com Jordan, a primeira notícia era de que existia um buraco nas costas do bebê e a família precisava buscar a ajuda de um especialista. Ele foi diagnosticado com mielomeningocele, uma malformação congênita que afeta os ossos da coluna e a medula.

“O médico ia ver naquele dia o sexo do nosso bebê, daí ele fez uma cara diferente e minha esposa começou a chorar. Naquele momento, a notícia foi muito impactante, meu filho tinha um buraquinho nas costas, que precisava ser fechado. Foi um balde de água fria na gente. Depois daquilo, prometemos um para o outro que faríamos tudo para diminuir as sequelas do nosso filho”, lembra emocionado.

O que o auxiliar de almoxarifado não contava era que ficaria desempregado por acompanhar a esposa e o filho durante este período. “Eu acompanhava minha esposa nas consultas e acabei perdendo meu emprego. Meu chefe disse que se ele tivesse que dispensar todo mundo para acompanhar a esposa, ele teria que fechar a empresa. Fomos para São Paulo, minha esposa passou pela cirurgia e o Miguel chegou”.

Ao falar sobre o filho, Jordan fica em silêncio e não consegue evitar o choro. “Ele é meu herói, eu acompanhava ele na fisioterapia, via o sofrimento dele, ele chorando. Ele é meu herói, chamamos ele de Miguel Guerreiro. Ele é acompanhado por 13 médicos e estamos vencendo”.

Apaixonada pela família, Daiane disse ao TopMídiaNews que Jordan se tornou seu braço direito. “Eu sentia receio quando conversava com outras mães, que diziam sobre os pais que iam embora. Alguns que ficavam, as mães diziam que não tinham apoio, que os pais trabalhavam e elas cuidavam sozinhas dos filhos. Eu, graças a Deus, tive um braço direito do meu lado. Ele me ajuda desde sempre, a trocar fralda, me dá muito apoio com o Miguel. Meu filho internou uma vez, ele ficava mais com meu filho do que eu. Ele é uma paixão, um exemplo para muitas pessoas”.

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