Onça-pintada, que teve parte do corpo queimado durante os incêndios no Pantanal, no começo de novembro, segue em tratamento no Centro de Reabilitação de Animais Silvestres, em Campo Grande. Se tudo correr bem, ela deverá retornar ao habitat natural em 2021.
A informação vem do médico veterinário do Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul, Lucas Cazati.
O animal em questão é um macho de dois anos e recebe aplicações de ozônio, substância que tem propriedades cicatrizantes e anti-inflamatórias. Essas aplicações são feitas em parceria com a Universidade Federal de MS e a onça apresenta melhora significativa.
Ainda segundo o Imasul, além das feridas nas patas, a onça estava muito debilitada e desde que chegou ao CRAS tem recebido alimentação balanceada e já ganhou cerca de 8 quilos.
Uma radiografia detectou a existência de um projetil no tórax do animal, consequência de um tiro que deve ter sofrido há alguns meses, tendo em vista que a pele já está cicatrizada. O metal será retirado em cirurgia simples de rápida recuperação, o que não deve atrasar o retorno da onça ao seu habitat, disse Cazati, que é o responsável técnico do Cras.
A outra onça, atendida nas mesmas condições que esta, morreu em consequência da fumaça inalada durante o incêndio. O animal também havia levado um tiro.