Moradores do Conjunto Azaleia, em Campo Grande, andam insatisfeitos com os atendimentos na UBSF (Unidade Básica de Saúde da Família) que foi inaugurada no dia 27 de agosto deste ano. Isso porque, segundo eles, não teria médicos suficientes para atender a demanda.
Silvio Ribeiro, de 49 anos, aposentado, é usuário do serviço. Ele conta que a esposa está há mais de três meses aguardando atendimento para entregar alguns exames.
“Ela foi fazer exames periódicos normais, exames que primeiro ela fez pelo SUS e, quando fomos retirar os resultados, disseram que o sangue tinha contaminado e que deveria coletar novamente. Então acabamos por gastar R$ 120 para fazer novos exames que já estão quase vencidos e, na unidade, não tem sequer médico para atender”, ressalta indignado com a situação.
Ele fala ainda que o atendimento ocorre apenas pela enfermeira-chefe que, segundo ele, inclusive é digna de elogios, pois faz de tudo que está no alcance dela e muito mais pra ajudar a população.
Além da falta de médico, a reclamação é com a segurança do local, considerando que meliantes já arrombaram o posto e ‘fizeram a festa’.
Outro lado
Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) informou que a orientação é para que a paciente retorne à unidade para refazer o exame de Urina Tipo I. O material coletado pode ser inviável para análise, devido a vários fatores, como quantidade insuficiente ou perda total do fluído. Entretanto, em casos como este, o paciente é orientado pela equipe da unidade para reagendar o procedimento de coleta.
Já sobre a divergência nos exames, a Sesau alega que pode ter sido problema de nomenclaturas diferentes para os procedimentos, em razão dos diferentes processos adotados por cada órgão. Entretanto, o resultado obtido é o mesmo.
A nota reforçou ainda que a UBSF está atendendo com dois médicos sendo todos os pacientes da região contemplados. Quanto à segurança, já foi solicitado o reforço no policiamento e efetivo da polícia municipal.