Homem de 39 anos se baseou em um atestado médico para ter o direito de entrar em locais públicos, como a UBS do Jardim Azaleia, sem máscara contra a covid-19. No entanto, a secretaria de Saúde não reconhece o documento como autorizativo para entrar sem a proteção.
Conforme boletim de ocorrência, o homem, cujas iniciais do nome são O.F.B.J. foi acompanhar a esposa em uma consulta na UBS, nesta quinta-feira (4), porém estava sem máscara. O recepcionista da unidade o alertou para botar a proteção ou aguardar do lado de fora.
Segundo a gerente da unidade, de 39 anos, após ser orientado, ele passou a gritar, dizendo que tinha atestado médico que o dispensava de usar a máscara.
Conforme apurado, o atestado de fato existe, mas destaca apenas que o paciente sofre de sinusite crônica e seu quadro piora quando usa a máscara facial. Porém, em nenhum trecho diz que ele pode entrar em locais públicos sem usar a proteção, o que configura afronta a decreto municipal que estabelece medidas de contenção da covid-19 na cidade.
Ainda segundo o registro na polícia, a gerente diz que estava na copa lanchando e fora do atendimento quando ouviu os gritos do homem e foi tentar orientá-lo. No entanto, ele a desacatou e não aceitou usar a máscara.
Instantes antes da gerente ir atender o caso, um homem, não identificado, entrou na UBS e agrediu o O.F com um soco no olho. Ao ver que a polícia iria ser acionada, o homem fugiu do local.
O suspeito por desacato, que foi vítima do soco, acusou a gerente da unidade de saúde de conhecer o autor da agressão e que viu ele com algemas. No registro policial ela negou ser conhecida do agressor.
Em nota, a Sesau diz que acompanha o caso e esclarece que ‘’as unidades de saúde são locais que recebem centenas de pacientes com as mais variadas patologias e, diante de uma pandemia de uma doença respiratória e altamente transmissível, é necessário cumprir todas as regras estipuladas, do contrário pode ocorrer riscos à saúde coletiva’’.