domingo, 19 de janeiro de 2025

Busca

domingo, 19 de janeiro de 2025

Link WhatsApp

Entre em nosso grupo

2

WhatsApp Top Mídia News
Caso Sophia

há 1 mês

'Não estou preparado': pai diz que busca por justiça pela filha Sophia está apenas no início

Sophia foi morta há quase dois anos pela mãe e o padrasto, que sentam no banco dos réus para julgamento

Jean Carlos Ocampo da Rosa, pai de Sophia de Jesus Ocampo, chegou ao Fórum de Campo Grande para o primeiro dia do júri sobre a morte da filha. Segundo ele, o caso foi negligenciado pelas autoridades.

Hoje, Christian Leitheim Campoçano e Stephanie de Jesus da Silva, padrasto e mãe de Sophia, sentam no banco dos réus pelos crimes de homicídio qualificado por meio cruel e motivo fútil, estupro e omissão de socorro.

Questionado sobre estar preparado para acompanhar todos os detalhes do inquérito e as evidências coletadas pela Justiça, Jean contou do sofrimento de enfrentar o que está por vir.

"Se eu falar que estou preparado para o dia de hoje, estou mentindo. Acho que nunca estarei, mas estou aqui por ela. A dor nunca vai passar, e a saudade dela é constante, todos os dias e em todos os momentos. Hoje, o nosso desejo é que a justiça seja feita. Não está fácil vir e estar aqui", desabafou.

Jean reforçou suposta negligência das autoridades, que, segundo ele, "fecharam os olhos" para o caso e ignoraram os diversos pedidos de guarda feitos por ele. Para Jean, os réus pela morte da filha não deveriam se limitar a Christian e Stephanie, mas incluir também todos os envolvidos que negligenciaram a situação de Sophia.

"Hoje é só o início da justiça pela Sophia. Naquele banco não deveriam estar sentados apenas os dois; há mais pessoas que deveriam estar ali. Se tivessem olhado para ela e dado importância ao que estávamos falando, ao grito de socorro que dávamos, o desfecho seria outro", declarou.

O caso

Sophia de Jesus Ocampo foi levada à UPA Coronel Antonino pela mãe, Stephanie de Jesus da Silva, no dia 26 de janeiro de 2023, já sem vida. O laudo médico apontou que ela havia falecido horas antes de ser levada à unidade.

A criança foi vítima de um trauma raquimedular na coluna cervical e de uma hemorragia com acúmulo de sangue entre os pulmões e a parede do tórax.

A investigação, que levou à prisão da mãe e do padrasto, constatou que Sophia sofria violência física e sexual desde os dois anos e sete meses de idade, sendo submetida a castigos extremos e abusos recorrentes.

O julgamento

Quase dois anos após a morte da pequena Sophia, ocorrida em janeiro de 2023, o caso começa a ser julgado. Nesta quarta-feira (4), o padrasto Christian Leitheim Campoçano e a mãe, Stephanie de Jesus da Silva, estão sendo julgados pelo júri da 2ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande.

No primeiro dia de julgamento, pela manhã, foram ouvidas duas testemunhas de acusação apresentadas pelo Ministério Público, além de cinco testemunhas de defesa indicadas pelos advogados de Stephanie. À tarde, outras cinco testemunhas de defesa, desta vez por parte de Christian, foram ouvidas.

Entre as testemunhas estão um investigador de polícia, uma médica e um médico legista.

Após essa etapa, o padrasto e a mãe de Sophia serão interrogados. A expectativa é que o primeiro dia do julgamento se encerre somente à noite.

Na quinta-feira, dia 5, serão realizados os debates entre o Ministério Público e a defesa dos réus. Essa fase deve se estender por todo o dia e pode avançar até o período noturno, quando ocorrerá a votação do júri. Por fim, será divulgada a sentença que determinará se os acusados serão considerados culpados ou inocentes pela morte de Sophia.

Atualmente, Christian está preso no Instituto Penal de Campo Grande, enquanto Stephanie de Jesus da Silva permanece detida no estabelecimento penal de São Gabriel do Oeste.

Loading

Carregando Comentários...

Veja também

Ver Mais notícias