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Campo Grande

há 4 dias

Não é neblina! Campo Grande amanhece engolida por fumaça de incêndios que apresenta risco à saúde

Camada de fumaça tingiu céu de tons opaco e obscureceu horizonte; preocupações atreladas a esse cenário variam de doenças de pele às respiratórias

O amanhecer surgiu tímido e assustador nesta sexta-feira (13), em Campo Grande. Com o sol velado por uma densa camada de fumaça, tingindo o céu de tons opaco, o horizonte foi obscurecido pelos reflexos dos grandes incêndios que atingem o estado e o restante do país há meses.

Quem caminha pelas ruas e olha o horizonte, apenas vê uma densa camada branca sobre a frente. No centro e regiões com alta densidade de edifícios, a cena fica ainda mais evidente.

O influenciador Rafael Zago chegou a gravar por meio de um drone a situação na região central da Capital. A cena é surpreendente, tamanha a poluição presente no ar.

Além da fumaça, o calorão combinado ao tempo seco tem se tornado cada vez mais recorrente no cotidiano do sul-mato-grossense. Além do desconforto físico gerado na população que vive a correria do dia a dia, as temperaturas acima da média e os baixos índices de umidade relativa do ar também apresentam riscos à saúde e exigem cuidados redobrados para priorizar o bem-estar.

As preocupações atreladas a esse cenário variam de doenças de pele às respiratórias. De acordo com o diretor-geral do HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul), Paulo Eduardo Limberger, as consequências das altas temperaturas aliada ao sol forte podem ser diversas, principalmente para grupos vulneráveis, como idosos, crianças, e pessoas com condições pré-existentes.

Entre os principais riscos estão:

- Doenças relacionadas ao calor: a exposição a altas temperaturas pode levar a condições como exaustão pelo calor, insolação e cãibras de calor. A insolação, em particular, é uma emergência médica que pode ser fatal se não tratada rapidamente.

- Agravamento de condições crônicas: altas temperaturas podem exacerbar doenças cardiovasculares, respiratórias e renais. Estudos mostram um aumento significativo nas admissões hospitalares por falência renal, infecções do trato urinário e septicemia durante ondas de calor.

- Efeitos na pele e olhos: a exposição prolongada ao sol aumenta o risco de câncer de pele, incluindo melanoma e carcinomas não melanoma, além de condições oculares como catarata e degeneração macular.

- Desempenho cognitivo e físico: a exposição direta ao calor solar pode prejudicar o desempenho motor e cognitivo, mesmo sem um aumento significativo na temperatura central do corpo.

Tempo quente e seco em MS

As temperaturas acima da média e a umidade do ar abaixo do ideal em Mato Grosso do Sul tem colocado a população frente a um cenário de extremos. De acordo com o Cemtec, isso ocorre devido a uma combinação de fenômenos que favorecem o tempo quente e seco.

“Essa situação meteorológica ocorre devido a uma intensa massa de ar quente e seca, que atua como um bloqueio atmosférico, favorecendo uma onda de calor na região central do País”, explica Valesca Fernandes, meteorologista do órgão. Além disso, um sistema de alta pressão atua como um bloqueio atmosférico e inibe a formação de nuvens.

No último domingo (8), a maior temperatura foi registrada na região pantaneira do Estado, na cidade de Aquidauana, com 41,6°C. Ainda, outros seis municípios apresentaram valores acima de 40°C: Porto Murtinho (41,5°C), Nhumirim - Nhecolândia (41,1°C), Corumbá (41°C), Coxim (40,9°C), Miranda (40,7°C) e Água Clara (40,1°C).

Além do calorão, os índices de umidade relativa do ar também estavam baixos em todos os municípios monitorados pelo Cemtec. O valor mais baixo, de 7%, foi registrado em Coxim e Sonora. As demais cidades apresentaram entre 9% e 15%.

Ainda, as condições tornam o clima propício à ocorrência de incêndios florestais. Segundo o Cemtec, o céu deverá permanecer acinzentado durante a semana devido ao elevado número de incêndios florestais sobre a região Amazônica e em outros biomas, além de incêndios florestais em outros estados e países vizinhos.

Já para os próximos meses, o tempo quente e seco gera alerta para o perigo de fogo, de acordo com o monitoramento de incêndios florestais elaborado pela equipe técnica do Cemtec e Asbom.

“A previsão da probabilidade de fogo para o trimestre Setembro-Outubro-Novembro de 2024 mostra que em grande parte do estado, as condições encontram-se no nível de ‘Atenção’. As regiões extremo norte e sudoeste encontram-se no nível de ‘Alerta’. Já as regiões sudeste, leste e sul encontram-se no nível de alerta de ‘Observação’”, destaca a previsão sazonal da probabilidade de fogo por municípios.

 

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