Gilceane Amaral Paes, 30 anos, está revoltada, já que a suspeita de matar o irmão dela, a ex-cunhada, Luciana Duarte Grubert, 48 anos, seria perigosa e está solta. O homicídio de Reginaldo Amaral Paes, 39 anos, foi no dia 25 de janeiro deste ano, em uma casa no Jardim Noroeste, em Campo Grande.
Conforme Gilceane, a suspeita, que está em liberdade provisória, faz provocações à família e estaria tentando ''cavar'' uma agressão dos familiares, a fim de se passar por vítima.
A irmã de Reginaldo destaca que Luciana seria uma pessoa sociável quando sóbria, mas ao ingerir bebida alcoólica, se torna extremamente agressiva. A família da vítima já teria presenciado diversas situações, onde Luciana falava em matar o irmão dela, além de atacar outras pessoas, inclusive com faca.
‘’Ela falou várias vezes que iria matar ele, mas nós não levamos a sério’’, lamentou Gilceane. Ela refletiu que o histórico de violência da suspeita, além das várias ameaças ao irmão, faz crer que Luciana premeditou o assassinato.
Gilceane narrou diversas situações, onde o irmão teria sido ameaçado e humilhado, pela suspeita.
‘’Ela já rasgou a roupa do meu irmão. Mas ela nunca revidou, pois sabia que seria preso se fizesse alguma coisa. Ele dizia que gostava dela e não ia separar’’, relembrou a irmã.
Reginaldo era humilhado e agredido pela esposa. (Foto: arquivo familiar)
Prisão
A irmã de Reginaldo diz que tenta falar com a Polícia Civil, a fim de cobrar uma prisão preventiva de Luciana. No entanto, ela conta que não tem tido resposta na delegacia.
Grubert está morando em Bonito, na casa de uma prima e teria chances de fugir para o Paraguai, diz a irmã do falecido. Ela trabalha em um atrativo turístico na região.
‘’Aí é que a morte do meu irmão iria ficar por isso mesmo’’, refletiu a familiar.
Ainda segundo a irmã, até o momento, Grubert não voltou para a casa onde morava com Reginaldo para buscar as coisas dela.
‘’Ela pode atacar meus pais, que moram sozinhos e na frente da casa onde meu irmão morava’’, alertou.
O delegado que chefia a investigação, Ricardo Meirelles Bernardinelli, da 3ª DP, informou apenas que o inquérito ainda está em andamento. Questionado se ele tem elementos para sustentar uma prisão preventiva da investigada, como risco de fuga e ameaça a testemunhas, ele não respondeu.
Reginaldo foi socorrido, mas morreu na Santa Casa horas depois da facada. (Foto: Repórter Top)
O crime
A Polícia Militar atendeu a ocorrência e viu a esposa de Reginaldo passando uma pomada no peito dele, enquanto o marido agonizava.
O socorro foi acionado e Reginaldo levado ao hospital, onde ficou internado por cerca de cinco horas e não resistiu.
A irmã dele conta que o irmão morreu durante uma cirurgia no coração. O casal estava junto há cerca de dez anos e não tinha filhos.
O espaço está aberto para manifestação da defesa de Luciana.