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Campo Grande

14/11/2022 14:02

MPF vê padrão em manifestações bolsonaristas e alerta para 'conivência' de autoridades em MS

Objetivo da investigação é identificar os financiadores dos acampamentos feitos por bolsonaristas em todo o País

O MPF (Ministério Público Federal) está monitorando  manifestações antidemocráticas contra o resultado da eleição em 17 estados e no Distrito Federal. Mato Grosso do Sul é um deles, e procuradores já indicam que existe uma padronização de bandeiras, banheiros químicos e distribuição de comida.

O próximo passo visa identificar os financiadores dos acampamentos organizados próximo a quartéis do Exército. Em Campo Grande, os grupos de extrema-direita estão na frente do CMO (Comando Militar do Oeste), e lá há tendas, banheiros químicos, e doação de comidas chegam praticamente todos os dias.

Em Dourados, manifestantes bolsonaristas se aglomeram em frente ao CTG e, neste final de semana, inclusive, alguns deles agrediram um motorista que passou em frente ao local com carro adesivado em apoio ao presidente eleito, Lula (PT).

Em matéria divulgada pelo Estadão nesta segunda-feira (14), o jornalista Fausto Macedo indica que existem  quatro frentes de investigação:

1- Violações de direitos ao impedir o direito de ir e vir dos cidadãos;

2- Uso de mulheres, crianças e idosos como escudo humano para evitar ações policiais;

3- Discurso de ódio e gestos nazistas;

4- Listas de boicote por motivação política.

Autoridades locais lenientes

Segundo a publicação, o MPF divulgou um comunicado em que afirma que autoridades locais têm sido "lenientes" com os manifestantes. Procuradores ouvidos pelo Estadão confirmaram a falta de empenho em alguns estados, incluindo o Mato Grosso do Sul, para dispersar os atos mesmo após a ordem do STF (Supremo Tribunal Federal). 

O procurador federal dos Direitos do Cidadão Carlos Alberto Vilhena, um dos nomes à frente da articulação do MPF, disse que as manifestações, "por se dizerem patriotas, tendem a ter maior leniência e tolerância das autoridades públicas federais e estaduais". "No entanto, os ânimos estão mais exaltados por conta da divisão ideológica e não podemos admitir manifestações que violem outros direitos, como a nossa ordem democrática" defende.

Os protestos investigados ocorreram no Acre, Bahia, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Pará, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Roraima, Rio Grande do Norte, São Paulo, Santa Catarina e Tocantins.

Habeas corpus coletivo 

O STF recebeu neste domingo (13), um pedido de habeas corpus coletivo para todos os manifestantes que protestam próximo a instalações das Forças Armadas contra o resultado das eleições.

O pedido foi feito pelo advogado Carlos Alexandre Klomfahs. Ele afirma que o salvo-conduto é necessário para assegurar a liberdade de manifestação, reunião e locomoção.

Na semana passada, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, mandou a Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal e as Polícias Militares dos Estados desobstruírem todas as vidas públicas bloqueadas por manifestantes. Ele também mandou multar os donos de carros e caminhões usados para interditar ruas e rodovias em R$ 100 mil por hora.

O advogado afirma que a decisão é inconstitucional e que o "único meio jurídico e republicano de obrigar" Moraes a "concretizar o direito de manifestação" é por meio de uma decisão colegiada. O plenário do STF já confirmou, em julgamento unânime no plenário virtual, a ordem do ministro para liberar vias públicas bloqueadas por bolsonaristas.

"Ao Poder Judiciário não cabe usurpar competência do Poder Legislativo, nem atuar como legislador positivo, imiscuindo-se sem fundamento em permissivo constitucional de controle de constitucionalidade abstrato, impondo à sociedade medidas restritivas a direitos constitucionais, sem competência e sem observância dos princípios constitucionais da razoabilidade e proporcionalidade", diz trecho do pedido.

(Com Agência Estado)

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