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Campo Grande

10/10/2019 17:00

MPE faz 2ª denúncia na Omertà e Justiça mantém 'mão pesada' contra investigados

Somente o advogado Alexandre Gonçalves Franzoloso conseguiu a soltura

Ministério Público Estadual já chegou à segunda denúncia contra 12 dos 23 investigados na Operação Omertà, deflagrada pelo Gaeco e Polícia Civil. Enquanto isso, a Justiça mantém ''mãos firmes'' contra 22 envolvidos presos em 27 de setembro e só ''aliviou'' para o advogado Alexandre Gonçalves Franzoloso.

A primeira denúncia do MPE foi oferecida à Justiça no dia 8 deste mês, contra o empresário Jamil Name - apontado como o chefe do grupo - e dois de seus funcionários - Adelino Louveira, 55 anos e José Antônio de Araújo, 66 anos. Todos por porte ilegal de arma de fogo, encontradas durante os mandados de busca e apreensão.

A segunda investida do MPE contra o grupo de extermínio foi nesta quarta-feira (9). Desta vez foram 12 denunciados, sendo os principais Jamil Name e o filho, Jamil Name Filho, conhecido como ''Jamilzinho'' ou ''Guri''. A acusação em comum é a de integrar grupo de extermínio. As informações são do próprio Ministério Público.

Os demais denunciados são os guardas municipais Alcinei Arantes da Silva e Rafael Carmo Peixoto; o militar reformado Andrison Correa e os policiais civis Márcio Cavalcanti - conhecido como ‘Márcio Corno’, e Vladenilson Daniel Olmedo, o ''Vlad'', além de Elton Pedro de Almeida. O advogado Alexandre Gonçalves Franzoloso foi denunciado por obstrução da justiça.

Mão pesada

Com exceção do advogado Alexandre Gonçalves Franzoloso, todos os 22 presos no dia 27 de setembro seguem atrás das grades. Foram inúmeras as tentativas de soltura dos investigados, todas negadas pela Justiça em primeiro grau e por desembargadores. Parte das prisões é temporária e outra é preventiva (sem prazo para terminar).

Jamil Name, tido como o mais influente e rico, foi o primeiro a recorrer a uma corte superior. Ele apelou ao Superior Tribunal de Justiça, mas teve pedido liminar de soltura negado pelo ministro Rogério Schietti Cruz.

No pedido feito ao STJ, a defesa queria que, caso não viesse a liberdade plena a Jamil, que a prisão fosse substituída por uma prisão domiciliar ou medidas cautelares, como uso de tornozeleira eletrônica. O pleito também foi negado.

Desde que foi preso, Jamil, que tem 80 anos, alega avançada idade e problemas de saúde. Até o médico particular que ele solicitou foi impedido de atuar no Centro de Triagem Anísio Lima, em Campo Grande. No lugar dele foi oferecido uma médica do próprio estabelecimento, mas o denunciado não quis.

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