Cerca de 200 motoristas do aplicativo Uber decidiram , na tarde desta terça-feira (1), em Campo Grande, fazer um abaixo-assinado para propor projeto de lei que regulamente o serviço na Capital. A diferença, é que as assinaturas serão coletadas dos usuários do serviço durante nas corridas do dia a dia.
O encontro ocorreu em uma loja maçônica, na Rua Nova Era, no Itanhangá Park.
De acordo com Wellington Dias, presidente da AMU (Associação dos Motoristas de Aplicativos de Mobilidade Urbana), a intenção é recolher 100 mil assinaturas de clientes em uma semana e levar até a Câmara Municipal, para que seja transformada em proposição de lei.
A partir desta quarta-feira (2), todos os passageiros do aplicativo que entrarem no veículo serão convidados a assinar o documento.
Com isso, o objetivo dos profissionais é derrubar o atual decreto, o 13.157, de 16 de maio, que regulamenta a atuação dos aplicativos de carona paga em Campo Grande.
Wellington Dias - azul - pede mudança nos pontos do decreto municipal 13.157. (Foto:Wesley Ortiz)
Entre os pontos que os 'uberistas' não concordam é a obrigatoriedade de afixar placa vermelha no veículo e colocar adesivo no carro.
''Não somos contra a regulamentação, mas do jeito que está ela é injusta. No lugar do adesivo, poderia haver uma plaquinha no painel do carro'', sugere Dias.
O presidente da AMU lamentou mais uma vez a permanência das exigências, e alerta que muitos profissionais vão perder renda primordial para o sustento da família.
''Tem gente que só atua parcialmente como 'bico', mas há profissionais que dependem exclusivamente dessa fonte de renda'', criticou o dirigente. Ele acrescentou que a ''categoria está disposta a fazer cursos e promover melhorias, mas de outra maneira''.