Motoristas de aplicativo de Campo Grande usaram o Facebook para refletir sobre o transporte de menores de idade, desacompanhados dos pais ou responsáveis. Eles temem de falsas denúncias de assédio sexual até sumiço de crianças.
A discussão foi feita no grupo Motoristas de Aplicativo Campo Grande – MS.
O debate partiu do questionamento de um condutor.
‘’Como uma mãe tem coragem de entregar sua filha na mão de um estranho? Pois sabemos que em todos os lugares sempre tem um pilantra’’, refletiu o internauta, citando uma corrida que apareceu para ele, do Jardim das Hortências até o Jardim Centenário.
O motorista ainda postou o print do pedido da mãe, que informava o nome da menor ao condutor.
Outro participante do grupo concordou com a opinião do colega.
‘’Domingo mesmo, uma corrida para levar uma menina de uns 7 anos pra mãe. Recusei. Mas algum inconsequente deve ter levado. Alguma coisa, acidente etc... esse motorista perde tudo’’, destacou.
Uma mulher emendou: ‘’pode ser criança, adulto... a partir do momento que embarcou, a responsabilidade é do motorista’’, detalhou.
Assédio
Outros condutores de app destacaram casos de falsas denúncias de assédio sexual e estupro feitas por adolescentes.
‘’Se a menor falar que você assediou ela, você tá fod#do. Não levo!’’, exclamou outro profissional do volante.
Perrengue
Condutor relatou um caso inusitado. Ele conta que aceitou uma corrida envolvendo menor desacompanhada. A responsável pela criança o acionou e disse que era para ele entrar na escola e avisar a diretora que era motorista de aplicativo.
‘’... e ainda pediu: ‘você fala o nome dos meus filhos pra liberar pra você’’, revelou o motorista.
‘’Desliguei e cancelei. Aí vai é uma estranha, às vezes não é nem mãe. E na escola há câmeras e do nada as crianças somem. E a culpa é de quem mesmo? Então temos que ser mais espertos’’, disse o internauta mais incisivo.
Mãe
Confeiteira de 35 anos, que mora no Jardim Los Angeles, diz que permite que a filha de 15 anos viaje sozinha em carro de app. No entanto, faz ponderações.
‘’Eu vou monitorando o trajeto. Anoto a placa e também vou conversando com ela no WhatsApp’’, diz a profissional.
Mesmo assim, a mãe diz que sempre tem preocupações, já que algumas vezes o trajeto feito pela filha é longo, com distância de cerca de 16 quilômetros.