Motorista de aplicativo acusada de abandonar passageira na chuva contesta versão publicada pela mulher nas redes sociais, através do grupo Aonde Não Ir em Campo Grande. Ela conta que teve crise de nervos após a história. 

Familiar da motorista, que pediu para não se identificar, alega que a versão da passageira não passa de uma mentira inventada para esconder a sua ameaça, além de não querer pagar a corrida.

Conforme relato da defesa da motorista, a passageira solicitou uma corrida do Jardim Colúmbia até o bairro Nova Jerusalém, na Capital. A solicitação foi feita por um homem, mas na hora de embarcar, era a mulher quem aguardava.

"Até aí tudo bem, isso é normal de acontecer, mas chegando próximo ao Jardim Noroeste, a passageira pediu para a motorista rotear a internet para ela fazer o PIX, mas ela disse que não iria mexer no aparelho, pois estava dirigindo na chuva", conta a parente.

Ainda segundo ela, a passageira disse que pagaria em casa, quando estivesse no Wi-Fi, mas chegando ao destino, cerca de 200 metros da casa, a rua estava alagada, com muito barro, e a motorista ficou com medo de atolar, pois já havia atolado anteriormente naquela região.

"A passageira falou para dar a volta que a outra rua era melhor, mas quando ela deu a volta, viu que a situação estava pior ainda e intransitável, e disse que não iria entrar por medo de atolar", explica.

A passageira falou que ela não iria descer do carro e não iria pagar a corrida. A motorista falou que iria deixar ela em um lugar melhor para ela descer, onde tinha calçada e parou em um mercado. 

"Foi quando a passageira falou que iria chamar a polícia porque ela não iria descer. A motorista perdeu a paciência e falou que ela poderia chamar a polícia, que ela não iria arriscar atolar o carro, mas em momento algum ameaçou de bater e nem nada do tipo. Foi a passageira quem falou que iria chamar o primo dela, momento que a motorista abriu a porta e mandou ela descer, e ela falou que ela não iria pagar a corrida", narra a história.

A motorista avisou a passageira que colocaria a corrida para ser paga depois no aplicativo, já que ela não quis pagar na hora. 

Por conta da versão da passageira na rede social, que tomou grande proporção, a motorista, que é diabética, passou mal, teve aumento da glicemia e uma crise de nervoso.

"Já entramos em contato com a [empresa de aplicativo], mas não são os dados dela e sim do rapaz que pediu. Já pedimos a gravação da viagem também e vamos registrar um boletim em nome de quem está a conta. Se ela não se retratar, vamos na Depac com o endereço. Já solicitei os dados", afirmou a parente da motorista.

Entenda o caso aqui.