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Campo Grande

27/06/2021 19:23

Morte de Jamil Name põe fim a ciclo de extermínios e corrupção em MS

Ele agia com apoio de policiais e até delegado, diz denúncia do MPE

A morte de Jamil Name, no final da tarde deste domingo (27), põe fim a um ciclo de violência e corrupção em Mato Grosso do Sul. Segundo o Ministério Público, ele era o mandante dos crimes e agia com apoio de políticos e policiais.

Name tinha 83 anos e era apontado como o líder do jogo do bicho em Campo Grande. Além do jogo de azar, o empresário também era fazendeiro e dono de centenas de imóveis no Estado. 

O peso da mão de Name se dava, em geral, contra aqueles que queriam prejudicar seus interesses. E Para por em prática seus crimes, Jamil contava com o apoio de policiais e guardas municipais corruptos, a quem dava o papel de executores das vítimas. Mas também havia delegado de polícia, cooptado para botar tudo embaixo do pano. 

Name atuava também como agiota. Quando da prisão dele, em 27 de setembro de 2019, foram encontrados na casa dele uma lista com nomes de políticos, a quem ele provavelmente emprestava dinheiro para campanhas eleitorais. 

Um dos casos que mais chamaram a atenção nas investigações contra Jamil Name, foi a extorsão promovida contra o construtor José Carlos de Oliveira, em Campo Grande. 

Segundo a apuração do Garras e do Gaeco, Oliveira pegou quantia emprestado de Name, mas foi submetido a juros abusivos. Sendo assim, foi alvo de ameaças e teve de ceder um imóvel a Jamil, com direito a uma arma na cabeça na hora da assinatura. 

Alianças

O empresário e o filho, Jamil Name Filho, tinham a parceria de Fahd Jamil, conhecido como o ‘’Rei da Fronteira’’. Foi em favor a Fahd, que o grupo de Jamil executou o sargento da PM, Ilson Martins Figueiredo, em 11 de junho de 2018. A morte de Ilson se deu rem razão da participação no sequestro e – provável morte – do filho de Fahd, Daniel Jamil Georges. 

Jamil também respondia pela execução de Matheus Xavier, filho do policial Paulo Roberto Teixeira Xavier. O universitário foi executado por engano, no lugar do pai. Jamil decretou que Paulo Roberto se associou a um inimigo dele, por isso deveria morrer.  

Name cumpria prisão preventiva no Presídio Federal de Segurança Máxima, em Mossoró, no Rio Grande do Norte. No entanto, devido ao estado de saúde e à covid-19, ganhou direito de voltar para Mato Grosso do Sul, quando deixasse o hospital. 

Jamil Name era casado com a ex-vereador Tereza Name. Ele deixa os filhos Jamilson Lopes Name e Jamil Name Filho, preso e acusado dos mesmos crimes. 

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