A prefeitura de Campo Grande realizou, nesta segunda-feira (14), mais uma ação de retirada e acolhimento dos moradores de rua que costumam se abrigar debaixo do pontilhão da Avenida Manoel da Costa Lima com a Ernesto Geisel. O objetivo é liberar o local para obras de recuperação do córrego e acabar com os alagamentos na região.
Segundo a prefeitura, a ação é coordenada pela Secretaria de Infraestrutura e Serviços Públicos a pedido do Ministério Público Estadual, que fez a vistoria do local através da 26ª Promotoria de Justiça do Meio Ambiente. A Secretaria de Assistência Social também trabalha em conjunto com a Guarda Municipal para fazer o acolhimento dos moradores de rua.
Foram identificadas 10 pessoas em situação de vulnerabilidade vivendo debaixo do pontilhão, que foram abordadas e orientadas nos dias 7, 8 e 9 de outubro. Elas recusaram atendimento, mas mesmo assim receberam cadastros para participar de programas habitacionais, de saúde e de assistência social, além de registro de documentos civis.
Serão construídas barreiras no pontilhão, que vão fechar o acesso ao local, “podendo acarretar em risco aos usuários em situação de rua que permaneçam”. A prefeitura ressalta que a medida é necessária, pois o lugar “é utilizado para o uso de drogas” e, por isso, possui intenso fluxo de circulação de pessoas.
Campanha contra esmolas
Aproveitando a ocasião, a Secretaria de Assistência Social voltou a divulgar a campanha “Onde a Esmola Acaba, o Direito Começa”, lançada no ano passado. Segundo a secretaria, a ideia é sensibilizar e divulgar os serviços oferecidos pela Política de Assistência Social no município de Campo Grande.
“Salientamos que, a distribuição de alimentos, doações de roupas e dinheiro não colaboram com os serviços públicos oferecidos às pessoas em situação de rua, ou seja, estando na contramão da Política Pública fazendo com que os mesmos permaneçam na mesma condição. Portanto, estas atitudes mantêm as pessoas mais tempo na rua, sustenta vícios (bebidas e drogas), estimula a mendicância, não resgata a cidadania e não contribui para o processo de saída da rua”, diz a prefeitura.
Viu alguém em situação de vulnerabilidade social? Entre em contato com a SAS pelos números: (67) 9-8404-7529 ou (67) 9-8471-8149 - Serviço Especializado em Abordagem Social – SEAS.