Há cerca de duas semanas, o policial militar Marcelo Goes se deparou com uma cena bem terrível ao sair de sua residência localizada no Canguru, em Campo Grande. Um cão teria invadido uma casa vizinha e atacou um gato, que ficou muito ferido.
De acordo com o militar, a dona do animal, que seria de grande porte, também possui um cão da raça Pitbull e, ao abrir o portão para sair com o carro, não prende os animais. Nessas, um deles sempre escapa e já teriam matado outro gato da vizinhança anteriormente.
“Estava saindo da minha casa quando vi o cachorro invadindo a casa onde tem um gato. Ele entrou no imóvel, passou a balançar o animal de um lado para o outro, foi quando eu assustei o cão, que soltou o gatinho. Rapidamente o levei para uma clínica, onde ele ficou cinco dias internado”, disse.
Ainda conforme Marcelo, o valor do tratamento custou R$ 455. Durante uma conversa com a dona do cão, ela optou pagar a metade do valor, ou seja, o policial pagou do próprio bolso metade da internação do gato, que nem pertencia a ele.
Após ficar internado e ter sido medicado, o gato está bem, mas como não é a primeira vez que o cão escapa, o PM tem receio que possa acontecer outro fato parecido no futuro.
“Acho que o dono do animal precisa se responsabilizar por ele. Ela tem dois cães de grande porte e se não tomar os devidos cuidados pode acontecer novamente”, lamentou.
Punição
O delegado Paulo Sá, da Decat (Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Ambientais e Proteção ao Turista), destaca que a pessoa que não cuidar do animal de forma correta responde pelo crime de omissão na guarda, que pode resultar de dez dias a dois meses de prisão.
O CCZ (Centro De Controle De Zoonoses) pode ser acionado para verificar como é o tratamento, onde vive e se o animal está sendo tratado corretamente. Se for notificado, o dono assina um termo de mudança na conduta.