O médico cardiologista João Jackson Duarte, que divulgar um vídeo com informações falsas, dizendo que uma paciente infartou após tomar vacina contra a Covid-19, é conhecido por ter adotado o tratamento com uso de Cloquina em pacientes infectados com o vírus, cobrando R$ 1 mil por sessão.
Além do tratamento com a medicação não indicada pela Organização Mundial da Saúde, Jackson era contra a vacinação, esclarecendo aos pacientes que consultavam com ele os "riscos" da vacina.
Personalidades de Campo Grande se consultaram com o médico, que cobrava o alto valor a cada sessão, chegando a 15 no total.
O dono de uma famosa rede de bicicletaria na Capital foi um dos pacientes, mas não resistiu à doença e ao tratamento com a Cloroquina, e morreu em julho desse ano, aos 67 anos.
À época, o cardiologista se envolveu em uma polêmica com os moradores do prédio onde ele atendia os pacientes infectados, que acionaram a Vigilância Sanitária para que os atendimentos no local fossem encerrados.
Contra vacinação em crianças
Em uma rede social que conta com mais de 22 mil seguidores, Jackson se mostrou contra a vacinação em crianças de 5 a 11 anos, aprovada pela Anvisa nessa quinta-feira (16).
Na publicação, ele diz que um grupo de médico enviou à Agência um relatório que mostra os "efeitos adversos dos medicamentos experimentais da Pfizer" nas crianças.
Entretanto, há estudos que comprovam a eficácia e segurança das doses aplicadas nos menores de idade, bem como não há relatos no mundo sobre efeitos adversos graves.
Fake News
O médico se envolveu em uma polêmica após divulgar um vídeo, afirmando que uma paciente, de 26 anos, infartou após tomar a vacina contra a Covid-19.
O conteúdo foi desmentido pelo próprio hospital onde ele trabalha, bem como pelas Secretárias de Saúde de Campo Grande e de Mato Grosso do Sul.