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Campo Grande

20/12/2021 09:30

Médico que espalhou fake news sobre vacina cobrava R$ 1 mil para tratar pacientes com cloroquina

Cardiologista é conhecido na cidade por defender o tratamento com medicamentos sem efeito comprovado pela medicina

O médico cardiologista João Jackson Duarte, que divulgar um vídeo com informações falsas, dizendo que uma paciente infartou após tomar vacina contra a Covid-19, é conhecido por ter adotado o tratamento com uso de Cloquina em pacientes infectados com o vírus, cobrando R$ 1 mil por sessão.

Além do tratamento com a medicação não indicada pela Organização Mundial da Saúde, Jackson era contra a vacinação, esclarecendo aos pacientes que consultavam com ele os "riscos" da vacina.

Personalidades de Campo Grande se consultaram com o médico, que cobrava o alto valor a cada sessão, chegando a 15 no total.

O dono de uma famosa rede de bicicletaria na Capital foi um dos pacientes, mas não resistiu à doença e ao tratamento com a Cloroquina, e morreu em julho desse ano, aos 67 anos.

À época, o cardiologista se envolveu em uma polêmica com os moradores do prédio onde ele atendia os pacientes infectados, que acionaram a Vigilância Sanitária para que os atendimentos no local fossem encerrados.

Contra vacinação em crianças

Em uma rede social que conta com mais de 22 mil seguidores, Jackson se mostrou contra a vacinação em crianças de 5 a 11 anos, aprovada pela Anvisa nessa quinta-feira (16).

Na publicação, ele diz que um grupo de médico enviou à Agência um relatório que mostra os "efeitos adversos dos medicamentos experimentais da Pfizer" nas crianças.

Entretanto, há estudos que comprovam a eficácia e segurança das doses aplicadas nos menores de idade, bem como não há relatos no mundo sobre efeitos adversos graves.

"Dr. Jackson" é conhecido por polêmicas envolvendo a Covid-19

Fake News

O médico se envolveu em uma polêmica após divulgar um vídeo, afirmando que uma paciente, de 26 anos, infartou após tomar a vacina contra a Covid-19.

O conteúdo foi desmentido pelo próprio hospital onde ele trabalha, bem como pelas Secretárias de Saúde de Campo Grande e de Mato Grosso do Sul.

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