O prefeito Marquinhos Trad, do PSD, declarou, na tarde desta quarta-feira (10), que Campo Grande vai aceitar o toque de recolher programado pelo Governo de MS, que começa às 20h e via até às 5h, a partir de domingo (14). Ao mesmo tempo, junto com o Estado, abre leitos do SUS na rede privada da Capital.
A decisão sobre o toque de recolher mais severo, criticada anteriormente por ele, foi definida após reunião com representantes de diversas entidades, como OAB-MS, Procuradoria de Justiça e associações de comerciantes.
‘’... chamei todas as instituições que amam Campo Grande. Decidimos que as medidas restritivas são necessárias e entendemos que nossa preocupação é com a vida, sem matar a economia’’, disse Trad em entrevista coletiva.
O prefeito disse que cada entidade que participou da reunião deu sua cota de contribuição para a melhoria da situação na cidade.
Com isso, o toque de recolher começa a valer às 20h do próximo domingo (14) e vai até às 5h. Nesse período, só poderão funcionar os serviços classificados como essenciais.
Leitos SUS
Segundo o prefeito, OAB-MS e Ministério Público determinaram que Governo e prefeitura unam esforços e procurem aumentar o número de leitos para os doentes da covid, a fim de evitar um colapso na rede pública.
A medida, disse Trad, já está sendo tomada, com a abertura de 29 leitos na rede privada, que já foi conseguida, e está sendo feita a busca por outros 29 leitos.
O secretário de Saúde de Campo Grande, José Mauro de Castro Pinto, detalhou a criação de leitos na rede privada. Segundo ele, o Hospital do Pênfigo terá 40 leitos do SUS, sendo 30 para doentes da covid, na saída para Sidrolândia e dez para não-covid, no centro da cidade.
Ainda segundo José Mauro, na Clínica Campo Grande, são 12 leitos SUS e mais dez que, se tiverem vazios, poderão ser ocupados pela rede pública. No Hospital do Câncer, são mais sete leitos e no São Julião, 30 leitos clínicos. Já a Santa Casa terá mais cinco leitos de UTI Covid.
José Mauro diz que as tratativas para a abertura de leitos na rede privada estão em andamento, já que dependem de equipamentos, profissionais de saúde e medicamentos.