Horas antes da eleição para novo presidente da Assembleia de Deus Missões, nesta quinta-feira (4), em Campo Grande, opositores da atual direção denunciam manobras por parte do presidente, pastor Antônio Dionízio. Uma delas seria a permissão de entrada somente dos membros favoráveis ao pastor, por meio de pulseirinhas. 

Conforme a denúncia, os pastores responsáveis por cada um dos 20 setores da igreja na Capital receberam 50 pulseirinhas para distribuir aos fiéis. No entanto, a acusação é que somente aqueles evangélicos que defendem o candidato de situação ganharão o direito de entrar. 

‘’É muita vagabundagem desses caras, né. Quem não tem pulseira não entra’’, exclamou um membro da ADM. 

Antônio Dionízio enfrenta acusações de má gestão do dinheiro da igreja, além de escândalos de adultério e o famoso vídeo onde ele aparecia dando tapinhas na bunda da ex-amante, hoje esposa dele. 

A distribuição das pulseiras foi confirmada por meio de ofício, encaminhado pela diretoria da igreja. 

Confusão

Ainda segundo a denúncia, 21 seguranças foram contratados pela direção da ADM para controlar a entrada dos que tiverem com a pulseirinha. Também, dizem os críticos, para proteger a cúpula da igreja de eventuais críticas e manifestações. 

Polícia

A Assembleia Geral Ordinária foi marcada incialmente para o dia 28 de janeiro deste ano, mas não ocorreu porque Antônio Dionízio deixou o local e não houve nenhuma deliberação oficial.

No dia da AGO, muitos fiéis que queriam acompanhar o evento foram impedidos de entrar. A Polícia Militar foi chamada e houve princípio de tumulto. Muitos cristãos reclamaram que esperaram horas e tomaram chuva e não conseguiram entrar. 

Não conseguimos contato com a atual direção da Assembleia de Deus Missões em Campo Grande. O espaço está aberto para manifestações.