Os manifestantes que passaram a madrugada em frente ao residencial onde reside o deputado federal Carlos Marun (PMDB), em Campo Grande, afirmaram que a noite foi tranquila, com diversos shows e nenhuma reclamação foi feita pelos vizinhos do parlamentar, que teriam elogiado a atitude do grupo, que se mantém no local.
Com objetivo de fazer Marun, desistir da medida, já que é presidente da comissão que analisa a proposta da reforma da previdência na Câmara Federal, o grupo afirma que o protesto será realizado por tempo indeterminado.
O presidente da Fetems, Roberto Botareli afirmou que Carlos Marun se preocupa mais em cuidar do ex-presidente da Câmara dos deputados, Eduardo Cunha (PMDB), do que defender os direitos dos trabalhadores. Botareli rebateu que as afirmações que o parlamentar fez ao TopMídiaNews, de que o 'brasileiro tem que pensar mais no país do que em si mesmo' e alegou que o povo não pode ser escravo e arcar com as contas que foram feitas pelo governo.
"O Marun se preocupa em cuidar mais do Eduardo Cunha, que foi o idealizador do golpe no país, aquele que vendeu todos os direitos que tem no país para pessoas de outros países. Realmente o brasileiro tem que pensar em si mesmo, porque o povo não pode ser escravo, pagar conta do governo. Essa reforma afeta todas as famílias brasileiras, se um chefe de família vier a falecer, não será possível saber o destino dessa família", afirma o presidente.
Segundo Botareli, uma panfletagem será realizada às 16 horas na frente da casa de Marun, para explicar aos moradores o motivo do protesto e as causas que estão sendo defendidas. No período da noite, uma palestra com professores da UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul), será ministrada no local.
Uma parte do grupo decidiu fazer uma passeata e segue para a casa de uma deputada, cujo nome não foi revelado, com objetivo de fazer os representantes de Mato Grosso do Sul na Câmara Federal a se posicionarem contra a medida apresentada pelo presidente Michel Temer.
O representante do Movimento Popular de Luta (MPL), Jonas Carlos da Conceição, que representa a categoria dos trabalhadores rurais, afirmou que aposentar esses trabalhadores com 75 anos é cometer uma injustiça. "Essa medida que governo quer implantar de aposentar todos com 75 anos é injusta, trabalhadores rurais trabalham muito no pesado e usam agrotóxicos, muitos nem devem chegar a essa idade para se aposentar".