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Campo Grande

há 5 dias

Mãe vê politicagem e ameaça de Harfouche em palestra no Pênfigo: 'aluno vai lavar banheiro'

Pais tiveram de assinar termo que alertava sobre ''abandono intelectual''

Mãe de aluno da Escola Municipal Elizio Ramirez Vieira denuncia grosseria e ameaças durante palestra do Procurador de Justiça Sérgio Fernando Harfouche, em Campo Grande. O caso ocorreu na noite de 18 de junho, quando a autoridade sugeriu que alunos indisciplinados teriam de lavar o banheiro e mães fazerem deles fazerem a merenda como ''punição''

A denunciante, que preferiu o anonimato, detalhou que a ameaça aos pais começou com o próprio convite para a palestra. Conforme imagem enviada ao site, o bilhete diz que a ausência no encontro poderia configurar ''abandono intelectual''. 

O tema da fala de Harfouche foi ''Autoridade dos Pais sobre os Filhos''. Porém, no encontro, o membro do Ministério Público teria feito promessas de caráter político-eleitoral e se dirigido ao público de forma autoritária. 

''O que ele falava era: 'a partir de hoje, criança que fizer alguma indisciplina vai lavar banheiro... criança que der problema, que não consegue resolver na escola, uma duas vezes, quem vai pagar é a mãe... vai limpar o pátio'', relatou a denunciante. 

Procurador foi grosseiro e ameaçador, diz mãe Convocação em escola no Pênfigo teve tom de ameaça, diz mãe (Foto: Repórter Top)

O ambiente da palestra, diz a mãe, era uma sala cheia de pais e crianças de colo e outras com deficiência. 'Insuportável de calor... criança chorando'', lamentou a participante. 

Em outro trecho da denúncia, a fonte diz que um pai de aluno reparou no discurso e teria perguntado se o procurador seria candidato a alguma coisa. 

''... aí ele ficou constrangido... notou que a gente não estava gostando'', garante a reclamante.

Ela ficou horrorizada ao ver que Harfouche foi insistente para que uma mulher procurasse o perfil no Instagram para ver ''o histórico de ações dele''. 

Ameaça 

Os participantes, garante a denunciante novamente, receberam um papel na entrada e teriam de entregá-lo ao final da palestra. O procurador não gostava quando alguém devolvia o termo e dizia que seriam convocados novamente. 

''Ele se irritava quando as pessoas reclamavam e dizia que se 'enrolassem' ficaríamos até mais tarde, até o fim'', denunciou. Será que a prefeita sabe que ele está fazendo isso nas escolas?'', questionou a mulher. 

Pais coagidos a permanecerem em reunião

Em outra escola no Aero Rancho, pais também foram obrigados a participarem da reunião no início do mês. O procurador abordou os mesmos temas, mas a indignação dos familiares foi além. Segundo uma mãe que também preferiu não se identificar, o que parecia ser uma reunião para discutir a educação e futuro dos filhos virou dor de cabeça a quem teve que passar mais de 2h em pé, sendo coagidos a ficarem até o final.

Sob ameaças de serem acionados pelo Conselho Tutelar caso não permanecesse até o final da reunião, os pais destacaram o estrelismo do procurador, em forçar os pais a serem participativos.

"A reunião tinha objetivo de durar 1h, mas eu saí de lá depois de 2h10 em pé, e ainda não tinha acabado. Os pais que queriam e precisavam deixar o local foram chamados de mal-educados e ainda foram ameaçados de serem acionados pelo Conselho Tutelar, caso não ficassem até o final e comprovassem por meio de assinatura do termo de comprovação de presença", conto a mãe.

Falta de planejamento

Mesmo sendo feito na quadra de esportes, maior espaço da escola, muitos pais ficaram em pé mais tempo do que o planejado, já que apenas algumas cadeiras foram colocadas na quadra para sentarem. "Eles disseram na reunião que era para os familiares irem sem as crianças, mas esquecem que muitas mães têm mais de um filho e não tem com quem deixar, ficaram muitos pais em pé e crianças espalhadas entre os adultos", detalhou.

Constrangimento

Forçando os pais a participarem, o procurador ainda fez alguns pais se "voluntariarem" a ir à frente de todos da reunião, com profissões específicas, a se comprometerem a trabalharem de graça pelo bem da escola. "Foi constrangedor ele fazer mães, cozinheiras, pais eletricistas e outros familiares irem lá na frente citar suas profissões e fazer eles se comprometerem na frente de todos que vai atuar de graça na escola dos filhos pelo bem de todos, foi extremamente forçado, e tudo ele dizia para colocar na ata da escola para depois cobrar dos pais", lamentou a mãe sobre o fracasso da reunião.

Entramos em contato com o Ministério Público Estadual do MS para manifestação e o espaço está aberto. 

Já a prefeitura a explicou que a palestra ocorre no âmbito do Programa de Conciliação para Prevenir a Evasão e a Violência Escolar, o Proceve, criado pelo próprio Harfouche e depois transformado em lei municipal, a 5.611/2015. 

No entanto, a nota não cita a denúncia da mãe e acrescenta: 

''... a sociedade campo-grandense sofre desafios constantes e o ProCeve é uma ferramenta para formar responsabilidade por meio do resgate dos papéis de educadores, pais e alunos, promovendo a melhoria do ensino à medida que envolve aqueles com autoridade sobre crianças e adolescentes no processo educacional... ''. 

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