Mulher de 46 anos, mãe de uma criança especial, portadora de Cri-du-chat, associada ao autismo, reclama de descaso com as aulas oferecidas pela Associação Pestalozzi de Campo Grande.
Cri-Du-Chat (Síndrome do Miado de Gato) é uma anomalia cromossômica, causada pela deleção parcial (quebra) do braço curto do cromossomo 5, apresentando um cariótipo 46, XX, 5p- e 46, XY, 5p-. Por isso é também chamada síndrome 5 p - (menos).
Ela afirma que enquanto estado e município anunciavam o retorno das aulas na cidade, a Associação só prorrogou a data, prejudicando no desenvolvimento das crianças.
“Estou no meu limite, eu e outras mães. Desde agosto vem sendo anunciado o retorno das aulas das nossas crianças, mas a associação falha na comunicação. Agendaram duas datas, até que, agora, as aulas voltaram, mas de forma híbrida. São dois dias da semana para cada criança, com horário reduzido. O horário é das 7 às 10h20, sendo que, antes, as aulas aconteciam das 7 às 11 horas”, diz a mãe.
Segundo a mãe, que preferiu não se identificar, a escola passa por obras e o barulho faz com que alguns alunos tenham crises.
“Não terminaram a obra e, enquanto tem aula, tem obra na escola. Minha filha foi para a aula, teve uma crise e me ligaram para buscar. Falaram que ela não pode ficar na escola porque fica muito nervosa. Eles sabem que a maioria das crianças especiais são sensíveis a barulho. Mas me aconselharam a não levá-la por enquanto. Não existe justificativa para essas coisas. A escola está ficando linda sim, mas está deixando de atender os alunos e isso é injustificável. Somos invisíveis”, diz a mãe.
Associação Pestalozzi
O TopMídiaNews entrou em contato com a coordenação da escola e repassou os problemas elencados para o setor. A escola se comprometeu em entrar em contato em breve para responder todos os problemas citados na matéria.