Nathalia Antonio de Moura, 26 anos, está vendendo uma rifa para conseguir agilizar a cirurgia de fissuras lábiopalatinas para o filho Eduardo, de oito meses.
A família mora em Campo Grande e alega que o procedimento está suspenso pela falta de hospital.
“Profissional para fazer tem, mas não tem local. Meu filho está na fila de espera, ele é a criança número 201 que aguarda para passar pelo procedimento. Eu implorei por um encaminhamento para Campinas, consegui e, agora, preciso vender a rifa para conseguir levá-lo”, diz a Auxiliar de Saúde Bucal.
A mãe está rifando o valor de R$ 300. A criança faz acompanhamento na Funcraf (Fundação para o Estudo e Tratamento das Deformidades Crânio-Faciais), instituição filantrópica que atua prioritariamente nas áreas da saúde, do ensino e da pesquisa.
“Toda vez que vamos até lá, recebemos a informação de que as cirurgias continuam suspensas. Tem uma fila de 200 crianças esperando a cirurgia, tem casos mais graves que do meu filho. Antes essa cirurgia era realizada no Hospital São Julião, mas, com a pandemia, foi suspensa. Eles alegam que tem especialista disponível para fazer a cirurgia, mas não tem local para que ela seja realizada”, diz a mãe de Eduardo.
Nathalia descobriu que, em Campinas, o procedimento continua sendo realizado normalmente e implorou por um encaminhamento.
“Eu pedi, eles falaram que não poderiam dar. Tem crianças aqui que vem do interior, só para receber a resposta de que continua sem local para fazer a cirurgia e tem que esperar. Com a informação e que em Campinas estão realizando, eu exigi um encaminhamento, relutaram bastante, mas consegui. Só que agora, eu tenho que batalhar para levar ele. É um direito do meu filho fazer a cirurgia, mas nem estado, nem município ajudam nisso”, diz a mãe.
Para ajudar a mãe a levar o pequeno Eduardo para Campinas ligue (67) 9 9102-4524.