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Campo Grande

04/10/2018 17:00

Criança de 2 anos contrai infecção após injeção de dipirona; mãe reclama de negligência

A criança teve uma injeção intramuscular aplicada na perna em posto de saúde da Capital

Um possível problema na aplicação de medicamentos coloca em risco a vida de uma criança de 2 anos. Desesperada após ver que a filha já não consegue mais andar, a mãe Daniela Lopes fez questão de publicar nas redes sociais o ocorrido.

Ela conta que buscou atendimento médico na última sexta-feira (21), pois a filha estava com febre. Segundo ela, uma enfermeira teria aplicado uma injeção que prejudicou a coordenação motora da perna da criança.

“Quero alertar as mamães. Cheguei ao UPA da Vila Almeida com ela apresentando 39.8 graus de febre, ela foi encaminhada direto para a enfermaria, porque não tinha pediatra. A própria médica dos adultos a receitou injetar dipirona IM (intramuscular) - dizem que nem se aplica dipirona intramuscular - e banhos frios para a febre abaixar. Em questão de 1 hora de observação, ela melhorou. Até aí tudo bem, mas o que acontece é que no dia seguinte cedo minha filha não andou mais, a perna dela começou a inchar e ficar quente, muito quente e, após dois dias de idas ao UPA e exames, minha filha foi encaminhada para a Santa Casa,  diagnosticada com Celulite Infecciosa, infecção grave na última camada de pele, onde está afetando seu quadril e joelhos, evoluindo para a Artrite Séptica, ficando o caso dela bem mais grave”, escreveu a mãe.

Daniela destaca que médicos informaram que a falta de higiene na hora de aplicar a injeção teria prejudicado a saúde da criança. “A falta de higiene na hora que foi aplicada a injeção gerou tudo isso. Local da injeção não foi desinfetado corretamente entrando com bactéria dentro da perna da minha filha. Quando digo para os médicos ou enfermeiros o que aconteceu com ela ficam assustados pois não se aplica dipirona intramuscular”.

A mãe faz um alerta para que outras pessoas não sofram com o mesmo problema. “Cuidado gente, quando forem passar por isso. O que mais tem por aí são profissionais desqualificados para fazer procedimentos como esse. Vou atrás de providências sim. Minha filha está sofrendo muito e o que tiver que fazer para ela ficar bem, eu farei. Que Deus proteja a minha boneca e tire ela desse sofrimento”.

Conforme a publicação, a criança passou por cirurgia na Santa Casa e segue internada. “Minha filha ainda se encontra internada, fez cirurgia para drenar o líquido que estava dentro de sua coxa, estava tendo melhora, mas desde domingo voltou apresentar febre e após hemogramas e outro ultrassom em sua perna, ela está com um derrame articular em seu joelho, onde ainda tem líquido. Diante de tudo isso fico triste por saber que se não tivesse ido ao UPA naquela sexta feira e eu mesma cuidasse da febre da minha filha com dipirona em gotas e dando banhos como foi feito no UPA, hoje minha filha estaria saudável como sempre foi, correndo pela minha casa, indo a escolinha como ela ama ir”.

Aos prantos, a mãe afirma que houve negligência na hora de aplicar o medicamento. “Pra mim houve sim  negligência, para todos que conto o que ocorreu a primeira reação é se impressionar e perguntar. E mesmo se fosse o correto, existe um local correto para se aplicar, a injeção na minha filha foi aplicado bem abaixo de onde deveria ter sido, pegando um vaso de sua perna. E o pior de tudo, a limpeza da pele dela não foi feita completamente e aí fechou um ciclo devastador para saúde da minha pequena”.

Prefeitura

O TopMídiaNews entrou em contato com a prefeitura da Capital, mas até o fechamento desta matéria, nenhuma resposta foi encaminhada.

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