Dona de casa de 34 anos foi à polícia, denunciar uma professora da Escola Municipal João Evangelista Vieira de Almeida, em Campo Grande, por ter acusado o filho dela, de 11 anos, de furtar um casaco em sala de aula. Escola e Secretaria Municipal de Educação negam a acusação.
Conforme o relato da mãe, um dos filhos, que cursa o sexto ano, no período matutino, ganhou o agasalho de uma pastora. Em sala, a docente teria pedido para o garoto se sentar e devolver o casaco para o dono. Ela teria perguntado para o resto da sala, em voz alta, de quem seria a vestimenta.
A denunciante segue a queixa e detalha que a professora foi alertada por uma colega do filho, que aquele casaco era dele mesmo. Depois disso, a educadora não se manifestou mais.
''Não houve pedido de desculpas'', disse a mãe indignada.
A mulher conta que não procurou a diretoria, já que não foi atendida em outra situação de problema que o filho viveu na escola.
Segundo a mãe, o garoto ficou chateado e teve alteração de comportamento após o episódio.
''Mãe, 'tá doendo muito meu coração. Eu ouço a voz dela [professora] na minha cabeça [fazendo a acusação]'', teria relatado o garoto à mãe. Ela segue o desabafo, dizendo que ''isso não se faz com ninguém, sem mostrar provas''.
Irritada com a direção, a mulher tirou os quatro filhos da unidade de ensino. Ela conta que chegou a falar com a diretora da escola, por telefone. A mãe sugeriu levar a pastora que deu o casaco para a criança, mas a responsável teria dito que ela não tem relação com o caso.
Depois do episódio, o menino não foi mais à escola e a mãe já providencia a transferência. Ela detalhou que o filho passou por um depoimento especial na Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente de Campo Grande.
Resposta
A Semed negou que a professora tenha feito qualquer acusação contra a criança. Em nota, foi destacado que a docente apenas pediu para que o aluno se sentasse. Ela viu o agasalho com ele na carteira, porém achou que fosse da aluna sentada ao lado.
A professora, segue a Secretaria, afirma ainda que em nenhum momento cogitou ou verbalizou que o casaco fosse furtado ou expôs o aluno ao constrangimento, como é mencionado.
''O caso foi uma situação corriqueira em sala de aula e poderia ter sido resolvido de uma forma branda como outras questões escolares que acontecem diariamente nas escolas'', diz outra parte do informe da secretaria.
Escola e secretaria observam que a mãe foi chamada para uma reunião de conciliação, mas a mulher se negou. A entidade lamenta ainda saber que a mãe tirou os filhos da escola, que sempre foram acompanhados com zelo e cuidado. A mulher sempre esteve presente nas atividades escolares e nunca houve relato de qualquer tipo de discriminação ou bullying.