A paciente de 36 anos que foi estuprada por um profissional de saúde no HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul), em Campo Grande, vem apresentando crises de pânico e sente medo do acusado, que já foi ouvido na Deam (Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher). As informações são da mãe dela.
A família já pensou até em mudar de estado, mas afirma que pretende ficar em Mato Grosso do Sul até receber uma resposta de punição da justiça.
“Estou na psicóloga com minha filha, essa noite foi difícil, ficou nervosa, ansiosa para terapia. Estamos entrando com psiquiatra. Minha família quer que eu saia do estado, mas o bandido é ele, não é minha filha, não vou sair daqui. Eu até estava me preparando para morar em outro local, mas quero resposta da justiça. Só saio do estado, quando a justiça for feita”, diz a mãe.
A vítima se assusta até com alguém batendo palmas no portão de casa.
“Tem hora que está bem, outra hora chora, entra em crise. Medo dela [ocorre] porque ele ainda está solto. Não sabemos a atitude que ele pode tomar, tento tranquilizá-la, falando que ele não vai fazer mais nada, ele não é louco de tentar fazer algo mais... Tentamos tranquilizá-la, mas uma coisa é falar, outra é viver. Estamos querendo mudar de imóvel por conta disso, para ver se ela sente um pouco mais de paz”, diz a mãe.
Sobre apoio, a mãe conta que a Deam faz um trabalho social diário, ao contrário do Hospital Regional.
“Estamos recebendo muito apoio da Deam, o hospital só mandou procurar médico, não foram perguntar nada. Fomos procurar tratamento para covid-19, onde a pessoa ou sai curada ou morta. Ela graças a Deus se restabeleceu da covid, mas agora está com um trauma muito grande”, finaliza.
Hospital Regional
O Hospital Regional informou em nota que não se pronunciará sobre o caso de estupro envolvendo um profissional de saúde. "Reiteramos que todos os casos de supostas infrações nos diversos campos, administrativo e assistencial, o HRMS pauta-se nos ditames éticos e legais vigentes para tomada de providências".